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24 Outubro 2021 | AutoData Entrevista a Leandro Alves Incentivos definirão o que será 2022 Como será este ano para o mercado de veículos importados no País? 2021 está sendo marcado pela instabi- lidade no fornecimento de produtos. A crise de semicondutores e outros com- ponentes gerou a flutuação dos resul - tados, houve mês em que algumas das associadas tinhamestoque e outras não. Mesmo assimdá para dizer que teremos um ano até razoável, pois conseguimos sobreviver, superando as adversidades e mantendo o foco nas estratégias de longo prazo. Nenhumamarca foi obrigada a desistir de objetivos futuros. Em números absolutos qual deverá ser o resultado? Esperamos ficar em cerca de 68mil uni - dades este ano, nacionais e importadas. É importante ressaltar que tivemos uma mudança no meio do caminho, a desfi - liação da BMW. Essas 68mil ainda consi- deramos números da BMWno resultado daAbeifa, porque calculamos os volumes com os associados que iniciamos o ano. O câmbio é o principal indicativo econô- mico para os negócios dos carros impor- tados. Qual a projeção da cotação para este ano e para 2022? Odólar continuará no patamar de R$ 5,40 em 2021. No ano que vem esperamos uma certa flutuação porque o câmbio é movido por incertezas e estaremos em período eleitoral. Por isso o real pode ficar ligeiramentemais desvalorizado do que hoje, variando de R$ 5,40 a R$ 5,60. Qual seria a posição do câmbio retirando as incertezas que formamesta equação? Removendo essas variáveis da equação o dólar poderia estar nesse momento em R$ 4,50, R$ 4,60. Então temos R$ 1 de efeito na cotação por conta de incer- tezas no âmbito político e outros fatores. Muitos veículos que asmarcas gostariam de trazer para o Brasil não chegam sim- plesmente porque com esse câmbio os preços não seriam competitivos. Mesmo assim a expectativa é positiva para 2022? A Selic deve terminar 2021 em 8,5% e avançar para 10% ano que vem. E o PIB com crescimento de 2% este ano e 2,1% em 2022. Haverá pouco crescimento. Além dos temas macroeconômicos o setor de importados tem uma pauta im- portantíssima, que de certa forma é ligada à política: a renovação do regime para a importação dos híbridos e elétricos, que vence neste 31 de dezembro. Neste momento estamos conversando com o governo para entender como será e em quais condições, o que pode trazer algum impacto positivo ou negativo. A sinalização até o momento é positiva porque entende-se a necessidade de apoiar o desenvolvimento de híbridos e elétricos no País. Esperamos um sistema similar ao que existe agora. Há algumapropostadaAbeifa para avan- çar nas condições para a renovação des- se regime? Hoje híbridos e elétricos possuem ta- xas que variam de 0 a 7% dependendo da eficiência energética, condições que FROM THE TOP » JOÃO OLIVEIRA, ABEIFA

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