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8 lentes Abril 2020 | AutoData o que virá dePois do Fim do mundo É verdade que os atuais interpretes das centúrias de Nostradamus esperam pelo pior, assim como aqueles pastores que transformam jaca em rubis: para estes o m do mundo está logo aí. É assim que funciona o mundo do pecado. Mas nossa indústria de veículos está limpa nessa atual crise, a da covid-19. Não só é rigorosamente inocente como tem se esforçado por ser útil à sociedade, construindo ou fazendo a manutenção de respiradores, criando máscaras, doando veículos para equipes de saúde – e isto depois de se decidir pela paralisação de suas linhas de montagem, ou seja, pela parada do seu ganha-pão, a construção de veículos, em favor da permanência da boa saúde de seus funcionários. o que virá dePois do Fim do mundo 2 Quando a atual circunstância passar, sabe-se lá quando, três, quatro meses?, é mais razoável supor que não viveremos exatamente próximos de algum m do mundo e nem viveremos um mundo diferente. É mais provável que esse mundo em câmbio se apresente aos poucos e não na forma de nitiva de uma cidade enfumaçada após tanta tragédia – como Berlim após a rendição em 1945, como Dresden pouco antes disto. No caso da indústria é sempre bom ponderar que, apesar de não produzir, não está parada. Pois mesmo na vida do home o ce pode haver inteligência. o que virá dePois do Fim do mundo 3 Quando voltarmos todos aos nossos locais de trabalho o pessoal da indústria de veículos saberá exatamente o que fazer, pois estes dias de clausura têm sido dias de labor, me disse um executivo outro dia. Mas não quis elaborar uma pensata que relacione a crise da covid-19 à própria estrada cheia de rotas da própria indústria: veículos híbridos, veículos elétricos, veículos autônomos em graus variados. Certamente a indústria sairá desta crise revigorada por ter escapado, por algumas semanas, de pressões que a oprimem há uns dois anos, desde que espertos decidiram que o carro autônomo era para hoje. Terá tido tempo mais sossegado de ponderar seus melhores caminhos – principalmente em países pobres como o nosso. Por Vicente Alessi, lho Sugestões, críticas, comentários, ofensas e assemelhados para esta coluna podem ser dirigidos para o e-mail vi@autodata.com.br Divulgação/DR
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