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16 Abril 2020 | AutoData esPecial » covid-19 A di culdade número um, claro, é des - cobrir de onde virá esse caminhão de di - nheiro, provavelmente um extrapesado. Das matrizes certamente não será: se an - tes já estava difícil diante dos investimen - tos monstruosos em novas tecnologias para elétricos, agora se tornou impossível. “Não serámais como no passado, porque a crise, de forma inédita, pegou todomundo, inclusive as matrizes. É uma situação sui generis”, prossegue Bacellar. Diferentemente de outras crises, como a ocorrida em 2008 com a quebra do Leh - man Brothers, o drama não é meramente nanceiro – a atividade está paralisada como um todo na cadeia de ponta a pon - ta diante da necessidade de isolamento social. O que por si só já gerou um efeito imediato que ameaça uma retomada para a qual nem data certa há: o caixa. “Parou de entrar dinheiro”, atesta Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. A Por Marcos Rozen retomada tão dura quanto a quarentena Há ansiedade para o retorno à atividade, mas aproveitar a paralisação forçada para readequar estratégias desponta como melhor alternativa O home o ce vai ferver nas próximas semanas. Há bastante ansiedade no setor automotivo para o retorno das atividades, particularmente nas concessionárias, mas o processo não será tão simples quanto apertar um botão e colocar as máquinas para funcionar no - vamente. “Será necessário um caminhão de di - nheiro para o sistema completo voltar. As empresas não terão duplicatas para trocar nos bancos e assim obter recursos para compra de insumos como faziam até en - tão”, alerta Ricardo Bacellar, diretor da área automotiva da KPMG. Aqui cabe mais uma vez aquela velha associação do setor automotivo com um transatlântico: demora a parar e demora a voltar a navegar. “Representará um tra - balho hercúleo monitorar muito de perto questões de volume, cadência e qualida - de”, complementa o consultor.
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