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14 Abril 2020 | AutoData esPecial » covid-19 última semana do mês foi 86,5%menor do que na primeira semana, ou seja: muita coisa em muito pouco tempo. E como desgraça adora uma companhia o Brasil adicionou à já di cílima situação do covid-19 uma crise política que poderia ter sido facilmente evitada. Como resultado tivemos quedas vertiginosas na bolsa de valores e um câmbio pela primeira vez na história em R$ 5 (veja na página 24) . São poucos os que tema coragemhoje de fazer previsões: um destes bravos é Filosa, da FCA, que estima queda de 40% nas vendas nomercado brasileiro em2020. ABright Consulting, de Paulo Cardamone, calcula bem menos, 13,5%, mas atualiza seus dados semana a semana, e quinze dias antes previa redução de 3%. Em termos globais a agência de clas - si cação de riscos Moody’s fala agora em queda de 2,5% nas vendas de automóveis em 2020, sendo sua previsão inicial baixa de 0,9%. Mas Dieter Becker, líder global para o setor automotivo da KPMG, já ima - gina retração de 6% a 8%. retomada esPelhada? Há, porém, um lado bom nessa – lite - ralmente – pandemia. Outros países atra - vessam o mesmo drama mas chegaram primeiro à crise, o que cria alguma refe - rência, dentro do possível. E aqui todos os olhos se xamna China, origemdo covid-19. O primeiro sinal é que, mais uma vez dife - rentemente das crises econômicas, esta parece ter data para acabar: obviamente a depender das condições gerais de saúde e dos números de casos de cada país, esta - mos falando de dois a três meses. Pois na China na mesma segunda me - tade de março dramática para o Brasil as coisas começam, gradativamente, a reto - mar os eixos: agora 99% das concessioná - rias estão abertas. Lá o primeiro bimestre foi omais duro para a indústria de veículos, em baixa de aproximadamente 42% nas vendas e de 46% na produção. Os primei - ros dias de abril mostrarammovimento nas lojas em aproximadamente 65% do uxo normal. É uma única referência disponível até agora, mas é importante. Não restam dúvidas de que os próxi - mos meses e em particular o segundo trimestre serão bastante difíceis, deixando para o começo do segundo semestre al - gum indício de recuperação, que poderá ser em ‘V’ ou em ‘U’ (veja na página 16) . Certomesmo é que estarmos emnosso perfeito estado de saúde – inclusive men - tal – será fundamental no trajeto de uma recuperação, justamente pelo caminho à frente aparentar ser efetivamente duro e truncado. Exigirá esforços dobrados, talvez triplicados, mas essencialmente bastante inteligência, sangue frio e capacidade, tanto técnica quanto tática. É hora dos grandes líderes aparecerem. Quem se habilita? das 65 fábricas de veículos do País estavam paralisadas na primeira semana de abril, segundo a Anfavea 63

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