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16 From the top » Luís Pasquotto, Cummins Novembro 2019 | AutoData nos ajudou, assim como o aftermarket. A Cummins é um negócio, tem várias fontes de receita, não é só uma fábrica de motores diesel em Guarulhos. Em termos de faturamento terminaremos 2019 melhor do que 2016 e 2017, mesmo que abaixo de 2018. Não é uma catás- trofe. Daqui até o Euro 6 teremos várias novas aplicações e clientes, estaremos mais presentes do que hoje. Mas em termos produtivos o que sig- nifica deixar de fornecer à Ford Cami- nhões? Caímos 15% por causa da Ford em pro- dução, mas no faturamento o impacto é bem menor do que isso. Para o ano que vem esperamos crescimento, um mercado mais forte, mais confiante. A produção de caminhões ainda vai crescer de 10% a 15% no ano que vem e acompanharemos este ritmo. Alguma possibilidade de o Brasil errar o forecast de novo? Estou otimista mas há receios. AArgen- tina é um, somos dependentes deles. A guerra comercial Estados Unidos-China pode trazer negócios para o Brasil em curto prazo, mas em médio prazo nin- guém ganha com isso. Há o arrefeci- mento da economia mundial, dá um pouco de frio na barriga. Mas olhando só o Brasil a tendência é de melhoria, a aposta é de crescimento. No que a empresa é diferente agora comparada com antes da crise? Somos muito mais eficientes. Nos pri- meiros movimentos em busca de redu- ção de custo achávamos que não havia mais de onde tirar. O estadunidense tem uma expressão que diz deep dive, de mergulhar fundo. Ao nível do mar não se vê nada e quando se mergulha há outro universo, e na indústria é a mes- ma coisa. Somos mais enxutos, mais ágeis, nossas linhas de produção estão modernizadas. O encolhimento melho- rou os processos e as pessoas, nossa cultura está muito forte em excelência. “O fundo do poço bateu umas três vezes. Era fundo falso. Procuramos alternativas e a Cummins sempre teve muita firmeza de propósito: a alta cúpula sempre deixou claro que não sairíamos daqui.”

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