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14 From the top » Luís Pasquotto, Cummins Novembro 2019 | AutoData dois primeiros juntos, mas consegui- mos. Em ônibus saímos de 10% para 25% de participação, em geradores de 25% para 45%. No mercado de caminhões a Ford saiu e claro que vamos perder fatia com isso, mas até então estávamos crescendo nesse segmento também. Houve ajuda financeira da matriz du- rante a fase mais aguda? Discutimos muito com a matriz e rees- truturamos radicalmente a operação. Primeiro unimos as operações da Amé- rica Latina, incluindo México, o que nos ajudou. Mexemos em eficiência, fecha- mos armazéns externos e a fábrica da Emission Solutions, de pós-tratamento. Na parte operacional reduzimos cus- tos. E mesmo durante esse período investimos em média R$ 50 milhões ao ano emmanufatura 4.0. Seguramos os engenheiros, pois uma área onde não podemos perder capacidade é em tecnologia. Fizemos um acordo e por um tempo eles passaram para a folha de pagamento da matriz, trabalhando para eles, como em tecnologia Euro 6 para China, Índia e Europa. Agora eles já estão treinados para fazer o mesmo no Brasil. A notícia do fim da produção de cami- nhões Ford os pegou de surpresa ou já era esperada? Foi no susto, da noite para o dia. Tí- nhamos nossos planos de risco, de contingência, toda empresa tem. Até imaginamos que a Ford pudesse sair do mercado quando da chegada do Euro 6, mas não assim de repente, da forma como aconteceu. Pegou todo mundo de surpresa, não só nós, todos os envolvidos, até os trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo. De nossa parte fizemos ajustes na fá- brica, acertamos o quadro, tentamos mitigar isso mas uma hora foi inevitá- vel. Desenvolvemos aplicações novas, algumas já lançadas e outras a chegar, e aumentamos a exportação de cabe- çotes e blocos. A parte dos geradores “A indústria tem que investir agressivamente na melhoria do meio ambiente. Não faz sentido lançarmos produtos ultra-limpos se no campo eles se misturam com os antigos.”

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