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26 Outubro 2019 | AutoData Como a Abeifa sente o momento eco- nômico atual do Brasil? Acreditamos que a economia começou a andar devagarinho, dar bons sinais de recuperação. Sou fã do ministro Paulo Guedes, acredito que ele tem a cabeça no lugar e sabe qual é o caminho certo a se tomar. Quais as expectativas para a economia em 2020? Passando as reformas da Previdência e Tributária no Congresso as coisas deve- rão melhorar. Imagino que essa reforma tributária ajudará a resolver algumas ir- regularidades, como essa questão da substituição tributária, porque acaba como ICMS: ficaria, em tese, um imposto único. Ajuda o setor de importação e o País como um todo, porque a econo- mia voltará a caminhar. Resolvendo essa questão das reformas acredito que 2020 será muito melhor para o País. Com qual projeção de PIB para 2019 e 2020 a Abeifa trabalha? Nós trabalhamos em linha com as pro- jeções do mercado. O índice dependerá do andamento das reformas, também. Como termina o ano para a Abeifa? É muito difícil de projetar. Atualmente nossa projeção é de 40 mil unidades vendidas, mas como até agosto chega- mos a apenas 23mil veículos dificilmente chegaremos a essa meta. Podemos falar algo em torno de 35 mil unidades, volu- me parecido com o que foi alcançado no ano passado. E para 2020, qual a projeção? Se nada mudar, 2020 será parecido com 2019 e 2018 para os veículos importados. Mas se vier a reforma tributária nós te- mos oportunidade de crescer. Não só o setor importador de veículos mas o País como um todo poderá crescer. Existe no governo alguma discussão para reduzir o imposto de importação deveículos?AAbeifa negocia algo nesse sentido? Avontade do atual governo é encerrar o mandato com o valor mínimo do Merco- sul, que é 20%. Isso no fim do mandato, foi algo dito para mim em reuniões com gente do governo. Mas é o objetivo do governo, não quer dizer que eles vão conseguir e nem que será feito de um dia para o outro, haverá certamente uma redução escalonada. Mas queremos e poderemos ter essa redução. O governo tem se esforçado emampliar o número de acordos de livre-comércio com outros mercados, alguns inclusive já assinados e outros que entraram em vigor. Isso pode ajudar o setor? Não deixa de ser positivo, embora o da União Europeia, que é maravilhoso, ain- da não tenha entrado em vigor. Tendo isonomia é bom para todo mundo, nós precisamos abrir o Brasil para o mundo, não podemos vender carros só para o mercado interno e depender de exporta- ções para a Argentina: quando acontece o que está acontecendo agora com a economia de lá a indústria daqui passa por dificuldades. 2019 foi umano semgrandes novidades para o setor de importados. Em 2020 haverá Salão do Automóvel, que sem- pre traz expectativa de lançamentos. É possível que tenhamos novidades? Sem dúvida. Começará a chegar muita coisa no segmento de elétricos e híbri- dos. Pessoalmente acredito mais nos híbridos no curto prazo, porque ainda não há estrutura para elétricos, mas te- remos novidades, sim. E estaremos com certeza no Salão do Automóvel. From the top » José Luiz Gandini, Abeifa “A vontade do atual governo é encerrar o mandato com imposto de importação de 20%, o valor mínimo para o Mercosul”

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