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24 Outubro 2019 | AutoData Entrevista a André Barros From the top » José Luiz Gandini, Abeifa A Luta por menos impostos Como fimdas cotas criadas como Inovar Auto os importadores acreditavam em um retorno mais acelerado no cresci- mento das vendas de seus veículos. Nes- te ano, entretanto, as projeções foram revistas uma vez e deverão cair de novo. O que atrapalha o setor de importação de veiculos em 2019? São três pontos. Começa pela descrença do que vai acontecer com a economia do País, o que faz com que muitos po- tenciais compradores protelem a com- pra do veículo importado. Um segundo ponto, muito importante, é a cotação do dólar: começou o ano a R$ 3,20 e bateu emR$ 4,15. Isso acaba com a gente, não conseguimos nos programar de jeito nenhum com tanta oscilação. O terceiro ponto, bem relevante, tem a ver com os incentivos que a indústria nacional pos- sui, como redução de ICMS, IPI e outros impostos, coisa que nós, importadores, não temos. Pior ainda: por conta da subs- tituição tributária acabamos pagando alíquota de imposto superior à nossa margem. Esse fator acaba distorcendo o preço do carro importado. Qual seria, hoje, então, o principal en- trave para o setor? As distorções tributárias. Pagamos alí- quota de 12% a 14% de ICMS, dependen- do do Estado, com base em margem pré-estabelecida de 41,62%. Pagamos por algo que não temos. Esse fator e o câmbio são as principais dificuldades. Como minimizar os efeitos das oscila- ções do dólar no mercado? Não há como. Pagamos o carro anteci- pado, antes de entrar em produção, e vendemos com a cotação do momento. Temos que jogar conforme o jogo. Nós usamos as projeções para dólar dos bancos e eles falam em fechar o ano próximo a R$ 4 e manter esse patamar em 2020. Mas o problema é a oscila- ção que pode ocorrer nesse período. Há poucos meses estava em R$ 3,71 e pouco depois passou para R$ 4,15.

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