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20 Outubro 2019 | AutoData Entrevista a Bruno de Oliveira From the top » Alarico Assumpção Júnior, Fenabrave A volta do consumo As projeções atuais da Fenabrave para o ano apontam crescimento de 8% ante as vendas totais no ano passado. O que poderia fazer o varejo voltar a crescer dois dígitos no ano que vem? Existem pendências a serem resolvidas para termos um cenário melhor do que o deste ano. Levando em consideração toda dificuldade que enfrentamos na economia, que ainda está patinando, é preciso fazer o PIB crescer novamente, porque isso gera mais vendas. O cresci- mento que vimos no primeiro semestre ocorreu em função das quedas provo- cadas pela greve dos caminhoneiros no ano passado, o que diminuiu a base de comparação, e também por meio das vendas fechadas no agronegócio. Não houve uma medida que estimulasse as vendas diretamente. Para o ano que vem acreditamos em um ponto final na reforma da Previdência. O País precisa de outras reformas, como a tributária, que demandará um tempo, não será neste ano. As duas juntas criarão um cenário bastante favorável para o mercado. O governo poderia incentivar as vendas no setor comalguma outramedida afora as reformas? Mais do que reforma, precisamos mes- mo é de estímulos para o crescimento do consumo. O País precisa criar condi- ções para atrair o investimento e, a partir daí, gerar emprego, o que tornaria possí- vel umclima de confiança nomercado. O governo tem que soltar alguma medida, não um benefício de qualquer espécie. Precisa criar maneiras de proporcionar sustentação das vendas no comércio. Uma medida interessante, por exemplo, seria linhas de crédito tão competitivas quanto as que hoje são oferecidas pe- los bancos privados via CDC, o crédito direto ao consumidor. O BNDES, por ter um viés social, poderia criar linhas mais ágeis no que diz respeito à entrega do crédito. Mas não estou defendendo um Finame como o de alguns anos atrás, que acabou prejudicando o setor. Pode- ria ser um Finame próximo à realidade do produtor em termos de juros e mais ágil na concessão do crédito.

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