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16 Outubro 2019 | AutoData Entrevista a Marcos Rozen Recuperação contínua tão forte de recuperação como 2017 e 2018mas é um ano de recuperação. Não é um ano ruim para autopeças. E para 2020? Prevemos crescer mais 7% a 8% no fatu- ramento em reais para as autopeças, em cenário de produção nacional de veícu- los em alta de 6,6%. A exportação deve começar a voltar um pouco, indepen- dente da eleição: a Argentina está em um ponto tão baixo que deverá ocorrer um crescimento, mesmo que pequeno. O que o Sindipeças espera com relação aos índices macroeconômicos? Acreditamos emPIB de 0,85% este ano e de 2,2% ano que vem. A Selic deve variar de 5% a 5,25%, o dólar de R$ 3,90 para R$ 3,80 e a inflação de 3,9% para 4,1%. E para o setor automotivo em geral? Estimamos este ano produção em cres- cimento de 1%, mercado interno avan- çando 9,8% e exportação em baixa de 29,7%. Para 2020 projetamos produção emevolução de 6,6%, vendas crescendo 5,6% e exportação em avanço de 4,3%. E o déficit da balança comercial de au- topeças, deve continuar a cair? Sim, estimamos para este ano impor- tações da ordem de US$ 11,6 bilhões e exportações de US$ 7,5 bilhões, ou seja, Qual o tamanho do impacto, para as empresas produtoras de autopeças, da redução das exportações? O mercado doméstico vai bem, desco- lado do PIB. Existe uma relevância das exportações dentro da produção, e a Ar- gentina está em queda próxima de 50%. A produção de lá é bem focada no mer- cado nacional, então essa redução de demanda é bem sentida aqui, estamos falando de algo como 400 mil unidades a menos. O bolo das exportações está mais ou menos cortado pela metade. Especificamente para as autopeças o efeito não é bommas é menos ruim do que se a queda fosse no mercado inter- no, porque o conteúdo importado dos modelos produzidos no Brasil que vão para a Argentina émais elevado. Se você olhar a balança comercial a negatividade caiu, o déficit está menor por causa da queda de produção de veículos para a Argentina. O mix ficou mais rico, perde- mos veículos com baixa localização e ganhamos 10% emprodução de veículos com grau de nacionalização mais alto. Isso compensa a retração, então? Estamos prevendo para 2019 um au- mento de 7,5% no faturamento em reais do setor de autopeças para um cresci- mento da produção de veículos próximo de 1%. E o déficit deve ser reduzido em quase 28%. No fim do dia não é um ano From the top » Dan Ioschpe, Sindipeças

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