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14 Outubro 2019 | AutoData From the top » Luiz Carlos Moraes, Anfavea este ano devemos chegar a 2,8 milhões, volume igual ao de 2008: ainda estamos 1 milhão de unidades abaixo. Ano que vem será melhor? É possível. Quanto? É difícil dizer. Ainda temos muitos desem- pregados. Acredito que será melhor do que este ano, mas também não estou- raremos a boca do balão a não ser que ocorra um fato novo. Vamos crescer, será positivo mas porcentualmente talvez menos do que neste ano, até por causa de uma base de comparação maior. E a taxa de juros? Se houver aumento será pouco, só para calibrar algum movimento da inflação. Os bancos estão com apetite: é só ver o estoque de dinheiro emprestado, está aumentando, e a taxa de juros caindo, assim como o spread. fazer, mas propusemos um plano de cinco anos, de 2020 até 2025. Temos muitas ineficiências, burocracias. E a receptividade foi boa? Sim, há sensibilidade mas também di- ficuldades, claro, inclusive porque não estamos pedindo algo apenas para o setor automotivo, envolve outros se- tores. Seriam micro reformas em várias áreas, como a aduaneira, que é um caos, em homologação de veículos, folha de pagamento... há uma lista que atende a economia como um todo. Nossa par- ticipação no total das importações do setor automotivo na Argentina é de 60%, 70%, mas na América Latina, sem contar Argentina e México, é de apenas 10%. É ridículo, aqui é nosso quintal. Se só temos 10% outros mercados mundiais têm 90%, como a China. No México é 5%. Fora da América Latina nossa maior participação é na África, com 0,1%. O senhor acredita na aprovação de uma reforma tributária? Temos umbatalhão de gente trabalhan- do só para calcular os impostos, fora auditorias, pareceres... O sistema tribu- tário é a informatização do absurdo, é um transtorno. Não estou falando nem da carga tributária, que é outro tema. A reforma é necessária mas requer bas- tante cuidado para sua execução. temos que aplicar uma certa ciência para trocar o que há agora sem parar o sistema, temos que continuar emitindo notas fiscais, vendendo, fazendo negócios. O desafio é esse. Temos uma equipe na Anfavea que se reúne semanalmente e faz simulações para todas as propostas e oferecemos ao governo modelos para a reforma que for discutida. Ou seja: si- mulamos os efeitos, mostrando ‘desta forma simplifica isso e aquilo, a carga tributária fica em X e a receita para o governo será de tanto’, avaliando o que é bom, o que é ruim, os riscos. Não pode haver erro neste processo: se a carga tributária crescer pode criar impactos para o setor, seria ruim. “O PIB será melhor do que o deste ano, mas não vai bombar, crescerá algo como 2%” É previsível o que acontecerá nas ex- portações? A Argentina terá no ano que vem ain- da um período difícil, tem a questão cambial, deverá ficar no mesmo nível deste ano. Há outros mercados, como Colômbia e México, mas o relevante é que o nosso volume de exportação com relação ao total produzido ainda é muito baixo: este ano a relação será de 450 mil para 3 milhões. O ideal seria exportar algo como 30%, 40% da produ- ção total. Acordos comerciais são bons mas sozinhos não resolvem, precisamos melhorar a competitividade. Estamos negociando com o governo a volta do Reintegra, o que não resolve mas ajuda. Estamos calculando também o resíduo da indústria e sugerindomelhorias. Apre- sentamos o Plano de Crescimento das Exportações. Em 2019 não dá mais para
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