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16 FROM THE TOP » WILSON LIRMANN, VOLVO Julho 2019 | AutoData com a qualidade e a eficiência de custos necessários. A cadeia está conseguindo acompanhar a retomada, mas existem novas tecnologias, como Euro 6, que exigem um investimento importante. O que o senhor acha das propostas do presidente da República paramudanças na legislação de trânsito? A segurança no trânsito no Brasil conti- nua sendo um problema grave, temos mais de 60 mil mortos ao ano, além dos feridos. Temos muito a melhorar, seja em termos de educação quanto em in- fraestrutura. É difícil avaliar caso a caso, e acho que há uma confusão grande e uma dificuldade para entender quais são as propostas e no que se pretende mexer. Alguns pontos soam peculia- res na forma como são comunicados e debatidos. Gostaria que atentássemos aos fatos: temos bons trabalhos técni- cos que podem nortear as discussões no Congresso e as decisões a respeito destes temas. No ano que vem o acordo de livre co- mércio com o México deverá abranger também caminhões e ônibus. O que o senhor acha disso? Sempre há um nível de desafio, mas um ambiente de abertura de comércio representa mais oportunidade do que ameaça. Como é ser o primeiro brasileiro presi- dente do Grupo Volvo no País? Eu comecei carreira na Volvo em 1990 como estagiário. Passei por diversas áreas como engenharia, planejamento de produto, desenvolvimento de rede, pós-venda... acho que essa trajetória me preparou para essa função. De fato é um marco um brasileiro assumir este posto, é uma conquista da organização. Houve uma reflexão e o nosso CEO disse que já estava na hora de termos umbrasileiro à frente das operações aqui. Mas poderia ter sido antes: tenho a certeza de que já existiram outros brasileiros prontos para assumir este cargo. “A cadeia está conseguindo acompanhar a retomada mas novas tecnologias, como a Euro 6, exigem um investimento importante” Essa tecnologia não pode ser aplicada tambémemônibus, especialmenteBRT? São ambientes complexos, em via pú- blica, com outros veículos, pessoas... Temos um veículo-piloto em testes em Singapura, com apoio do governo local. Novamente passamos por regulamen- tação, que precisa andar junto com a tecnologia. Ainda há muito o que desen- volver, e por enquanto isso não é visto como prioridade diante dos desafios de transporte urbano no Brasil. Nos automóveis o índice de nacionali- zação está caindo e uma das razões é o desenvolvimento tecnológico. No caso de comerciais também? Sempre tivemos a preocupação de de- senvolver uma cadeia local de forneci- mento, tanto por questões de equilíbrio cambial quanto por logística e outros fatores. No caso de pesados temos índices de conteúdo local e regional a cumprir. Esse tema realmente foi fator de pressão nos últimos anos, e até antes da variação cambial recente. Alguns for- necedores não sobreviveram à crise e o Brasil perdeu um pouco da capacidade industrial em autopeças. Tornou-se um desafio manter o nível de nacionalização “Não tenho dúvida de que os caminhões elétricos serão uma realidade na América Latina”

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