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12 FROM THE TOP » WILSON LIRMANN, VOLVO Julho 2019 | AutoData resultado da primeira metade do ano: perderemos, sim, um pouco de impul- so pela base comparativa no segundo semestre, porém devemos manter um nível muito bom se algumas questões- -chave da economia caminharem. Observando a média do mercado de caminhões nos últimos dez anos o resul- tado de 2019 ainda está abaixo. Quanto tempo levaremos para retomar os vo- lumes dos melhores anos de vendas? Acredito que o mercado de caminhões pesados está se aproximando deste nível. Em 2013 tivemos o maior merca- do total para semipesados e pesados, mas havia estímulos que anteciparam demanda. Foi um processo doloroso, existia excesso de capacidade em toda a cadeia e o ajuste ainda não está con- cluído, há tensão financeira em alguns pontos, mas todos fizeram a lição de casa. Com isso os níveis atuais, acresci- dos do potencial que temos, são recom- pensadores. É viável uma indústria com o número de competidores, base de fornecedores e rede atuais, e que daqui para a frente começa a ser sustentável. O Brasil ainda é um país de dimensões continentais, com muito consumo in- terno e exportação de commodities e possibilidade de expandir ainda mais a produção agrícola. Isso pede inclusive outros modais de transporte, como hi- drovia e ferrovia. Nossa carência de transporte por ferro- vias e hidrovias é tamanha que precisa- mos de uma fabricante de caminhões a cobrar essa demanda? Eu torço para que ocorram esses inves- timentos em novos modais. Eles trarão maior competitividade ao agronegócio, possibilitando o aumento da produção. O trem não entra na fazenda nem o rio, e o caminhão tem essa flexibilidade. No Mato Grosso poderíamos dobrar a pro- dução agrícola semmexer emáreas pre- servadas, pois a produção está limitada pelos gargalos logísticos. Teremos mais oportunidades, não menos. Isso muda- “O Brasil é um país de dimensões continentais e isso pede outros modais de transporte, como hidrovia e ferrovia”

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