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51 AutoData | Agosto 2018 ficamos que o caminho é para um ciclo de alta”. Ele cita algumas tecnologias que ainda não chegaram aos nossos carros, mas por uma questão de tempo – e custos, claro. Uma delas é a iGloss, verniz resistente a arranhões que evita manchas e desbo- tamento. Existem também pigmentos que refle- tem mais a luz e assim repelem o calor, evitando que a carroceria esquente, o que por sua vez leva a uma economia no ar condicionado e maior conforto interno. “Na parte de estilo temos inovações em pigmentos de efeito, que trazem um aspecto mais brilhante e de profundidade. São micropartículas de sílica ou de alumí- nio, que trazem um aspecto muito bonito.” De acordo com o executivo da Basf parte delas não está disponível nos mer- cados da América do Sul: “Os pigmentos especiais são vendidos para carros de alta gama na Europa e aos poucos vão sendo estendidos para carros menores. O verniz já está disponível, mas encarece umpouco o custo final”. A recuperação do mercado também está na pauta da PPG, que fornece tintas para BMW, FCA, Hyundai, Mercedes-Benz, Nissan, Renault, Toyota e Volkswagen, como diz Rafael Torezan, seu gerente geral automotivo OEM: “A previsão é de crescer este ano em dois dígitos”. Uma das formas de caminhar nessa trajetória é buscar inovações em produtos e processos. Torezan destaca o revesti- mento Durabed, hoje fornecido para a picape VW Amarok, que promete maior resistência a riscos no interior da caçam- ba. “É um tratamento estético sofisticado, que tem recebido boa aceitação. Temos perspectivas de ampliar os negócios para outros modelos.” Para a FCA a PPG fornece a nova tec- nologia de revestimentos acústicos Au- dioguard, que amortecem e enrijecem os painéis da carroceria e absorvem vi- brações. Para as montadoras o produto reduz peso, aumenta a produtividade por causa de sua aplicação robótica e reduz o número de peças. Divulgação/Basf AAxalta, outra fabricante OEM, mantém o otimismo, afirma Mateus Aquino, seu presidente no Brasil: “Esperamos que o aquecimento do mercado se mantenha. Isso é fundamental para o desenvolvi- mento saudável dos negócios em toda a cadeia”. Dentre as tendências ele observa uma nova e crescente demanda por desem- penho anticorrosivo superior nas bordas de peças metálicas. Para isto a Axalta desenvolveu o sistema AquaEC 2600EP, “também ecologicamente correto, à base de água e isento de metais pesados”. A AkzoNobel atua no OEM com o for- necimento de partes plásticas. Esse mer- cado vem se recuperando. De acordo com Sérgio Munhoz, gerente de negócios de repintura automotiva para a América do Sul, “já o segmento de repintura cresce em um ritmo menor nos últimos anos, pois acompanha o crescimento da frota circulante, que desacelera desde 2015”. A empresa destaca duas novas tec- nologias. A primeira é a Primer Estrutural, por meio da sua marca Sikkens Autocoat BT, dedicada ao mercado de pintura de veículos comerciais. Trata-se de umprimer epóxi anticorrosivo com propriedades de aderência e resistência química, indicado para pintura de estruturas de ônibus e repintura de veículos comerciais: “É o primeiro produto do segmento que possui fórmula isenta de chumbo e de cromato e que conseguemanter excelente resistência quando exposto a rigorosos testes de chuva forte”. Outra novidade é o Primer Branco Condutivo para pintura eletrostática de plásticos, que oferece a possibilidade de redução de camadas de basecoats bran- cos, amarelos e vermelhos, commelhoria de aparência e estabilidade de cor. A realidade econômica do Brasil nos últimos anos fez com que as fabricantes de veículos buscassem soluções mais econômicas, recorda Cássia Galvão, di- retora de marketing da Sherwin-Williams Automotive Finishes: “Temos a expectativa de que este cenário mude a partir do ano que vem”.

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