AD 347

46 Agosto 2018 | AutoData MERCADO » ÔNIBUS destas o principal vetor era São Paulo”, atesta Vardânega. Ele afirma que de todos os projetos do gênero o único realmente finalizado foi o de Curitiba, PR, para qual a Volvo forneceu todos os 25 veículos da concorrência, alguns inclusive já rodando na cidade. Como nem tudo é lamento nos ro- doviários há um otimismo, sobretudo da Scania: “Acreditamos que deva crescer em torno de 60% na comparação com 2017”, calcula Frizeiro. Barbosa, da Mercedes-Benz, é mais comedido nos cálculos totais: “No final de 2017 houve grande licitação federal para escolares que poderão não ser en- tregues neste ano. Talvez cerca de oitenta veículos possam ser entregues a partir de agosto, mas o restante será em 2019”. Carrer, da MAN, prefere aguardar as eleições presidenciais para projetar nú- meros ainda melhores. “O cenário deverá clarear depois de conhecermos o resulta- do do pleito. Temos perspectiva otimista com relação à economia, pois acredita- mos ser possível crescer um pouco mais.” Unanimidade é que o mercado foi afe- tado com queda de passageiros e de receita, cenário agravado por aumento do custo operacional: está difícil recuperar as margens e este será o principal desafio a partir de agora. “A partir de setembro todos os rodoviários novos precisarão ter plataforma elevatória, e muitos empresários anteciparam as compras para não arcar com o custo extra da adaptação.” Walter Barbosa, da Mercedes-Benz crescimento até maior se tivéssemos um ambiente político e econômico mais fa- vorável”. Há o outro lado, entretanto: a sus- pensão do edital licitatório da cidade de São Paulo terá reflexos negativos. “O atraso da licitação de São Paulo trará uma postergação da renovação do sistema”, entende Alan Frizeiro, da Scania. “Porém percebemos, mesmo sem a licitação, um movimento de renovação, ainda que não nos níveis esperados. Mas algumas em- presas estão comprando.” A Volvo também lamenta: “Infeliz- mente as licitações, renovações e trocas previstas para 2018 não acontecerão, e A QUE PONTO CHEGAMOS Equação complexa: ao mesmo tempo que o custo operacional subiu o número de passageiros caiu, levando junto a receita das empresas. Divulgação/Mercedes-Benz Divulgação/Volvo

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