AD 347

31 AutoData | Agosto 2018 Daquela mais de centena de reuniões que aconteceram em Brasília para gestar o Rota 2030 a maior parte das propostas morreu bem antes de visualizar a praia – mas os dirigentes da indústria chegaram à conclusão que diante do cenário colocado à frente era pegar ou largar o pouco que passou pelo crivo federal. Dos temas que ficaram pelo caminho estão linhas de crédito especiais e programas de refinanciamento de dívidas para empresas de autopeças, inspeção veicular obrigatória, renovação de frota, melhorias de infraestrutura, mobilidade urbana – que incluiria tecnologia híbrida e elétrica para o transporte coletivo –, evoluções na rede de concessionárias, reestruturação do sistema tributário automotivo, condições mais favoráveis do Reintegra para as fabricantes de baixo volume e A reforma trabalhista, que fazia parte da discussão, acabou sendo aprovada à parte mas a indústria ainda reclama sua consolidação. E nem uma mísera palavra sobre a prorrogação dos benefícios às fabricantes instaladas no Nordeste e Centro-Oeste, que para surpresa e espanto geral foi anunciada pelo presidente da República em março, durante evento na fábrica da FCA em Goiana, PE. Muito menos a respeito do acordo comercial com a União Europeia. Em compensação passaram as metas de eficiência energética, investimento em P&D, redução do IPI para híbridos e elétricos e cronograma de equipamentos de segurança. Os incentivos em P&D tiveram teto máximo estabelecido em R$ 1,5 bilhão, mas este é atrelado a investimento mínimo total da indústria de R$ 5 bilhões – pelos cálculos do MDIC nos cinco anos de Inovar-Auto as empresas investiram R$ 25 bilhões em P&D. O que não saiu mudança na forma de cobrança do P , que passaria de cilindrada e combustível para consumo e emissões.

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