AD 347

19 AutoData | Agosto 2018 calmente diminui o imposto, mas o dia em que alguém levantar a mão e falar ‘Olha, eu posso fazer’, o imposto sobe e as empresas escolhem: ou pagam imposto maior ou desenvolvem local- mente. Além disso o ex-tarifário ajuda a saber o que está sendo importado e em que volume, e com isso consegui- remos saber o momento em que pode ser interessante nacionalizar, se é econo- micamente viável. O processo é indutor. Por isso digo que o Rota não pode ser analisado exclusivamente pelo ponto de vista do montante de investimento em P&D. Ele é muito mais abrangente do que isso, ele começa a organizar o setor, a regulamentar, a acertar, a colocar metas. Claro que dentro de uma respon- sabilidade de não encarecer demais os produtos, temos que dar à sociedade condição de comprar os veículos, mas houve uma mudança com o Rota, ele é importante. Os engenheiros soltaram foguetes. Essa questão dos itens de segurança, em especial para leves, já deveria ter entrado no Inovar-Auto... Esse é um dos pontos fundamentais do Rota: pela primeira vez apontamos o que teremos em equipamentos de segurança até 2030. Nós estamos em 2018, o carro que será lançado em 2027 não está nem sendo pensado ainda mas quando for já saberemos qual será o nível de segurança que ele precisará atingir lá na frente. Isso tem uma vali- dade extraordinária para quem projeta e planeja. E haverá outro cronograma para tecnologias assistidas, que aju- dam o motorista a dirigir, como mu- dança involuntária de faixa, frenagem de emergência etc. Mas há exigência de produção nacional? Não, pode trazer de fora. Porém há uma lógica interessante do ex-tarifário, que faz parte do novo regime automotivo: se não há capacidade para produzir lo-

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