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14 FROM THE TOP » ANTONIO MEGALE, ANFAVEA Agosto 2018 | AutoData gera empregos de qualidade, o ganho médio de um trabalhador do setor auto- motivo é o mais alto na indústria. Pegue o caso de Goiana: o nível de vida dos trabalhadores ali aumentou muito, antes a oferta era só para corte de cana e com a chegada de uma fábrica de veículos o pessoal foi até treinado fora do País, têm um nível de vida melhor... não dá para dizer que a indústria automotiva não é importante e relevante para o País. Na prática o programa não está mais para Rota 2022 do que 2030? Existem algumas limitações legais. Não se pode, por exemplo, estender benefí- cios por mais de cinco anos. Mas é sim um programa de quinze anos, e isso es- tará no texto, foi retirado mas voltará, há uma emenda neste sentido, para deixar isso claro. São três períodos de cinco anos com revisão das metas do próximo ciclo no fim do anterior. Provavelmente haverá agora um indicativo para as me- tas de eficiência energética do segundo ciclo, ainda que precisem ser validadas ao fim do primeiro ciclo. Parlamentares apresentaram oitenta emendas à MP do Rota. Não há o risco do programa ser completamente dis- torcido? Primeiro precisamos entender quais são as emendas. Nós vamos conversar alinhar todos os outros programas que envolvem a indústria automotiva. Por exemplo: uma nova fase do Proconve não pode ser destacada do Rota. Se temos uma nova fase de metas de efi- ciência energética em 2022 pelo Rota a nova fase do programa de emissão de poluentes terá que acontecer no mes- mo momento. Não dá para investir dois anos para atender uma coisa, depois no ano seguinte para atender outra... tudo ficará alinhado. Não faltaram críticas a afirmar que o setor automotivo é sempre beneficiado... Em um País como o nosso o governo precisa ter um papel indutor. Não somos uma economia suficientemente madura para deixar que as leis de mercado co- mandem, não funciona assim, estamos muito longe disso. Se há um setor que desenvolva o País, que gere riqueza, ele precisa ser ajudado. O setor automotivo está puxando a recuperação industrial, “O Rota é um passo importantíssimo, estrutura as empresas, mas não é o suficiente para resolver a questão da competitividade. Definitivamente, não é.”

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