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12 FROM THE TOP » ANTONIO MEGALE, ANFAVEA Agosto 2018 | AutoData N omomentodeconcederesta entrevista para falar sobre a promulgação do Rota 2030, na sede da Anfavea, no fim de julho, em São Paulo, Antonio Megale, seu presidente, fez ques- tão de abrir a gaveta e colocar sobre a mesa uma edição de fe- vereiro de AutoData . A capa trazia a chamada Der rota 2030, um tro- cadilho para tratar do cenário do setor automotivo nacional caso o sucessor do Inovar-Auto não saísse – algo que, admite o dirigente, mui- ta gente graúda já dava como favas contadas. “Entendi o que vocês fizeram aqui: escreveram a chamada da capa em alemão, Der Rota 2030, ou O Rota 2030 emportuguês”, ele brincou. Foi um desabafo aliviado de Megale, semperder o bomhu- mor: a promulgação do regime au- tomotivo, mesmo que quase com umano de atraso e bemdistante do imaginado inicialmente, pode ser vista simcomo um feito pessoal e principal marco de seumandato, que se encerra no próximo abril. E por isso reeditamos extraordina- riamente aquela capa, agora com a chamada Der Sieg 2030 – ou A Vitória 2030 em alemão... Confira a seguir os principais tre- chos da entrevista, parte de nosso especial sobre o Rota 2030. Entrevista a André Barros, Leandro Alves, Márcio Stéfani e Marcos Rozen Der Sieg 2030 questão educacional... a luta não acaba aqui, ela começa agora. Temos alguns marcos à frente, e um deles é o acordo do Mercosul com a União Europeia: a partir do dia em que for aprovado tere- mos um período de algo como quinze anos para aumentar em muito a nossa competitividade. O Rota é um passo importantíssimo, estrutura as empresas, mas não é o suficiente para resolver a questão da competitividade. Definiti- vamente, não é. O Rota é um progra- ma que deve assegurar que o Brasil continuará desenvolvendo tecnologia, mas a competitividade passa por outras coisas. Qual é, em sua visão, o principal mérito do Rota 2030? Ele é fundamental do ponto de vista de organização, ele dá o exemplo. Vários setores já nos procuraram querendo fa- zer um Rota deles, estavam esperando isso, ele determinou uma mudança de lógica, de pensar no longo prazo. Ele também traz uma coisa interessante de É possível definir uma reação geral do setor com relação à redação final do Rota? O setor está satisfeito. Era um desafio enorme, dentro do conceito original, e sabíamos disso. Havia, por exemplo, propostas para criação de um regime tributário especial, renovação de frota, inspeção veicular... tudo isso não saiu, mas a parte central, do apoio à pesquisa e desenvolvimento, à engenharia na- cional, veio. O programa ficou restrito a este tema mas, na nossa visão, é a parte principal, que organiza o setor, que diz o que devemos ter nos próximos anos, onde temos que buscar desenvolvi- mento, como devem ser os carros. Esse é o fator indutor do desenvolvimento da indústria nacional. ORota 2030 garantirá a competitividade da indústria brasileira? Não, porque não é só o aumento de investimento em P&D que garante a competitividade. Precisamos trabalhar em reforma tributária, custo logístico, a

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