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9 AutoData | Maio 2018 Por Vicente Alessi, filho Sugestões, críticas, comentários, ofensas e assemelhados para esta coluna podem ser dirigidos para o e-mail vi@autodata.com.br “É difícil negociar com governo no qual o presidente manda e ninguém obedece”. De um caixa altíssima do setor automotivo nacional ÀS PRÓPRIAS CUSTAS Peso-pesadíssimo do setor, que pede dispensa de identificação por razões até óbvias, tem pontos de vista pouco populares – por sua originalidade – com relação ao vai-não-vai do Rota 2030. Ele fez confidências a Leandro Alves, diretor adjunto de redação de AutoData: “O governo não tem que dar incentivo para P&D: nós fazemos investimentos! O governo tem que cuidar de melhorar as condições fiscais, o peso dos impostos, que é extremamente oneroso”. Mais: “O governo tem que cuidar da infraestrutura: como é possível que o maior produtor de soja do mundo desperdice 30% da produção nas estradas?”. O NEGÓCIO HABIB Sérgio Habib, presidente da SHC, a Sérgio Habib Corporation – empresa que representa a Jac Motors no Brasil –, aproveitou o lançamento, e os holofotes sobre o T40 CVT, em evento realizado em muito bem cuidado clube de golfe em Itu, SP, para justificar sua saída dos negócios envolvendo carros Citroën – logo ele que, lá no começo, era o nome que, de certa forma, identificava a marca por aqui. Os números que mostrou cristalizaram a ideia de que Citroën, dentre todas as demais concorrentes, foi a marca que mais perdeu vendas, portanto participação, em 2016 e 2017. O NEGÓCIO HABIB 2 Ele aproveitou a boa audiência de jornalistas que acorreu a Itu para outra vez recorrer a números: para demonstrar que os nomes dos veículos líderes do ranking automotivo brasileiro mudam de acordo com o critério – nem sempre o que mais vende obtém a melhor receita. Que ideia ele quis transmitir?: que apostar em concessionárias de marcas que mais vendem nem sempre é bom negócio. Ele alfinetou, quem sabe? – mas não quis confirmar... –, a VW, que a SHC também representa. O NEGÓCIO HABIB 3 Ele se referiu a negócios que envolvem o mercado premium como representante de lojas Jaguar Land Rover. O problema não são os modelos, disse Habib, mas como cada empresa os trabalha aqui, as suas rentabilidades, e os reflexos disso tudo na operação do revendedor: erros de cálculo envolvendo esses fatores geram, quase sempre, a constrição das margens sobre as vendas. Sobre o lucro, ou seja. O NEGÓCIO HABIB 4 Neste sentido acredita Habib que o parque industrial Volkswagen no País é antigo e onera a produção, comparou suas fábricas e os processos de cortes de custos pelos quais passaram como uma pessoa submetida à cirurgia de redução de estômago: “Corta, corta, corta, mas quando coloca o maiô sobra pele pra todo lado”. (Colaborou Bruno de Oliveira) Divulgação/MBB

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