AD 344
65 AutoData | Maio 2018 trabalham com níveis menores do que este, e é o que perseguimos.” Para 2018, dados o início da produção do Yaris e o aumento dos volumes de Co- rolla e Etios, a Toyota ainda deve manter o padrão em 10 ppm, mas a partir de 2019 a tolerância possivelmente cairá, mais uma vez, à metade. A resposta dos fornecedores a estas exigências, segundo Simomura, é motivo de bastante comemoração não só para eles mesmos como para a própria Toyo- ta. Tanto assim que o reconhecimento é dividido em duas fatias: são eleitas com Certificado as empresas que atenderam às metas e com Excelência as que supe- raram – no quesito Qualidade, inclusive, as sete vencedoras alcançaram o índice mágico de zero ppm. No que se refere à logística a bata- lha não é menos feroz. Para entrar aqui é necessário que nenhuma entrega tenha ocorrido com atraso durante todo o ano e, para alcançar o Excelência, era preciso já haver pendurado na parede da empresa o Certificado recebido um ano antes. Ou seja: as seis empresas que alcançaram a premiação máxima no quesito estão há dois anos sem atrasar qualquer entrega à Toyota. No quesito Melhor Engenharia deValor e Análise de Valor VA/VE a vencedora, a Yazaki, levou o caneco por apresentar quase duas dezenas de propostas que representaram redução de custo, desde nacionalização de componentes até mo- dificação de matérias-primas. Simomura observa que 2017 foi um ano rico em propostas de melhoria pe- los fornecedores: ao todo 67% das ideias apresentadas foram aprovadas, volume que representa mais do que o dobro do alcançado em 2016. Outra novidade na premiação Toyota deste ano foi a inclusão da categoria Meio Ambiente, vencida pela Kanjiko por inicia- tivas de redução de impacto ambiental no seu processo produtivo. O executivo da Toyota lembra que os resultados foram muito representativos principalmente diante do quadro geral do ano passado, no qual a fabricante elevou em 23% suas compras. Mas deixa claro como os novos níveis continuarão a ser exigidos: “Estamos em umpatamar alto no Brasil, mas no Japão nem se premia mais questões ligadas à qualidade e logística, já vistas como simples pré-condição. Eles reconhecem mais as iniciativas ligadas a desenvolvimento tecnológico e asseme- lhados, e acredito que caminhamos neste mesmo sentido”. Amaior vencedora do reconhecimento da Toyota este ano foi a Pioneer, por ter atingido 100% das metas em cada uma das categorias do prêmio. NEM TOYOTA ESCAPA Apesar de todo empenho e padrões elevados nem a Toyota escapa de con- viver com fornecedores em dificuldade, reconhece Celso Simomura, ainda que estes representem uma minoria extrema. Dos 120 fornecedores da empresa qua- tro estão sendomonitorados mais de perto em função de problemas financeiros, em especial fluxo de caixa – em um caso a Toyota chegou a ajudar na aquisição de matéria prima. Em um dos casos mais relevantes, conta o executivo, a Toyota auxiliou em plano para transformar duas fábricas do fornecedor em uma, com novo leiaute para melhorar processos e reduzir des- perdícios. SEIS NOVOS PARA YARIS Confirmando o alto padrão exigido pela Toyota Simomura conta que o fato de uma empresa obter reconhecimen- to Excelência no prêmio de fornecedo- res não significa passaporte automático para que possa fornecer à linha do novo produto que será fabricado no Brasil, o Yaris, ainda que isso lhe conceda “uma avaliação diferenciada”. Ele diz que o Yaris terá 72 fornecedo- res, sendo seis novos. A chegada destes têm três razões principais: aumento do volume total de produção, adoção de novas tecnologias no veículo e aumento de nacionalização.
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