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49 AutoData | Maio 2018 De acordo com ele Brasil e Argentina discutem atualmente harmonização de convergência técnica. Em segurança é mais fácil, em emissões um pouco mais complexo”. Para Megale é preciso resolver, de maneira definitiva, a competitividade no Mercosul, em nome de avanço na con- corrência global. AAdefa, equivalente argentina à Anfa- vea, tambémparticipou do seminário com palestra de seu vice-presidente, Daniel Herrero. Para ele, há uma “absoluta neces- sidade” de unificação dos setores automo- tivos brasileiro e argentino como maneira de preparar o livre comércio com a União Europeia, aguardado com ansiedade: “Reformas precisam ser realizadas nos dois países para que as indústrias sejam mais competitivas e estejam preparadas para competir no mercado europeu. Hoje temos muitos problemas internos nos dois mercados que devem ser resolvidos”. Segundo Herrero o governo argen- tino já estuda maneiras de resolver os problemas tributários e competitivos de sua indústria e acredita que, no futuro, com a resolução desses problemas e a unificação dos processos produtivos dos países, a produção de veículos na América Latina conseguirá chegar a 7 milhões de unidades. Dan Ioschpe, presidente do Sindipe- ças, tambémpalestrante, afirmou acreditar que a integração do setor automotivo no Mercosul deve ocorrer antes que chegue o instante da obrigação demaior competi- tividade: “No passado o setor tentou buscar mais competitividade para depois pensar na integração e isso não aconteceu. Apos- tamos na capacidade de melhorar nossa competitividade durante a integração”. Ele entende que a harmonização das regras “tem que acontecer o quanto an- tes, pois existem processos que podem ser unificados e que elevarão o nível das duas indústrias”. O MDIC, Ministério da Indústria, Co- mércio Exterior e Serviços, participou do seminário com seu secretário de desen- volvimento e competitividade industrial, Igor Calvet. Ele afirmou que um acordo de convergência regulatória Brasil-Argentina para estabelecer normas comuns de se- gurança e emissões veiculares deve estar pronto até meados deste ano. Durante sua apresentação Calvet afir- mou que a integração com a Argentina é necessária, mas não suficiente: “Modelos como o acordo flex não po- dem ser restritivos ou, do contrário, podem gerar desequilíbrios. Só seremos com- petitivos quando tivermos condições e abertura de mercado. Em geral os países não querem um mercado livre”. Ele ainda disse que o Rota 2030 repre- senta “uma coordenação de esforços do setor” e “umcompromisso do governo com o País”. E que “a percepção do que acon- tece no mundo, das novas tendências, é fundamental para quem, como eu, precisa tomar decisões eficazes. Claramente ob- servamos a capacidade produtiva e uma grande ociosidade. Agora retomamos o crescimento e precisamos induzir de forma benevolente omercado compráticas boas e competitivas”. Para ele “qualquer política que se preze precisa atender a dois pressupostos: es- tar conectada às grandes tendências do mundo e promover mudança estrutural na nossa economia”. Ele foi adiante: “Do ponto de vista estrutural é preci- so mudar o patamar de nossa pesquisa e desenvolvimento ou ficaremos onde estamos”. NESTE ANO Independente dos percalços, con- versas e negociações a General Motors lançará ainda neste ano um Carro Merco- sul, conforme definiu e prometeu Carlos Zarlenga, presidente da General Motors Mercosul, estrutura que unificou comple- tamente as operações nos dois países. Para ele, tambémpalestrante do even- to deAutoData, a melhor forma demostrar o quanto Brasil e Argentina estão unidos na proposta de convergência é ter um produto único.
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