AD 344
43 AutoData | Maio 2018 A Continental possui, na Alemanha, um grande complexo com laboratórios e pistas de teste onde estuda inúmeras tecnologias para os veículos do futuro. O que está sendo desenvolvido ali agora? Temos vários desenvolvimentos. Há os de sistemas avançados de assistência ao motorista que nos levarão à chamada Visão Zero, ou seja, zero acidentes e portanto zero fatalidades. Isso inclui tecnologia de sensores. Também trabalhamos em interface holística homem-máquina, importante para a aceitação da direção autônoma, e comunicação em 5G. E ainda desenvolvemos uma tecnologia-chave de sistema de 48 volts para veículos elétricos e híbridos e melhorias em motores a combustão em termos de consumo e emissões. Além disso, alguns estudos interessantes incluem avanços em pneus, com experimentos em borracha derivada de dente-de-leão para substituir a natural e aplicação de sensores integrados. 5 Do ponto de vista puramente tecnológico a Continental diria que o desenvolvimento de veículos 100% autônomos já está totalmente pronto para todas as condições, ou seja, cidades e estradas? Prevemos o início de funções de direção altamente automatizadas para uso em estradas em 2020. Estimamos direção completamente autônoma para aproximadamente 2025. A automação se iniciará na estrada, pois é a complexidade nesse ambiente que conseguiremos dominar primeiro. Em áreas urbanas essa complexidade é bem maior e essa funcionalidade não virá tão cedo, pois requer um modelo de ambiente virtual muito mais avançado do que temos hoje. 6 E do ponto de vista de legislação, pode-se dizer o mesmo? O maior obstáculo para a direção automatizada em 2020 é a falta de uma estrutura legal. É hora de legisladores ao redor do mundo abrirem caminho para o uso da direção autônoma. Na Alemanha, por exemplo, recentemente foi estabelecida uma legislação a respeito, o que entendemos como um passo importante, ainda que estejamos à espera de algumas regulamentações específicas. 4
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