AD 344
38 Maio 2018 | AutoData INDÚSTRIA » FÁBRICAS mento produtivo, agora para a fábrica de São José dos Pinhais, PR, que será berço de seu primeiro SUV nacional, o T-Cross. R$ 2 bilhões até 2020, dos quais R$ 1,4 bilhão serão usados para adquirir, dentre outros equipamentos, 239 robôs. No pelotão de frente do mercado elas não estão sozinhas: a GM também apos- ta alto na renovação de suas linhas para a produção de novos veículos. No ano passado foram anunciados R$ 4,5 bilhões para três unidades da companhia: Gravataí, RS, São Caetano do Sul, SP, e Joinville, SC. Carlos Zarlenga, presidente, afirma que boa parte dos recursos serão apli- cados em novas tecnologias e conceitos de manufatura. A chegada de um novo produto tam- bémmotivou investimento da Renault em sua operação brasileira. O Kwid demandou R$ 500 milhões na linha de montagem de São José dos Pinhais, PR. Além disso há dois anos a Renault adquiriu impressoras 3D para ajudar no desenvolvimento de peças e também aplicou investimentos em realidade aumentada, para simular e analisar fluxo produtivo, manutenção e ou- tros parâmetros. Há mais R$ 750 milhões separados para ampliação e moderniza- ção da fábrica de motores. PLANO ACERTADO Quando as vendas internas estavam em ritmo de queda um caminho foi bus- car guarida nas exportações. O plano deu certo: nunca exportamos tanto como em 2017 e os números seguem trajetória as- cendente em 2018 – vivemos o melhor primeiro trimestre em embarques, com 180,2 mil unidades, 3,3% a mais no com- parativo anual. Os volumes têm relação direta com os aportes e a modernização da produção local. E uma ótima referência reside no setor de caminhões. A Mercedes-Benz aplicou R$ 500 mi- lhões na tradicionalíssima fábrica de São Bernardo do Campo, no ABCD paulista, para construir linha demontagemde cami- nhões totalmente nova. Philipp Schiemer, presidente da companhia no Brasil e CEO para a América Latina, considera a nova área a mais moderna da empresa nomun- do e a iniciativa como fundamental para solidificação dos conceitos de Indústria 4.0 no País. Pouco antes a MAN investiu R$ 1 bilhão para produzir a nova linha Delivery, boa parte aplicada em equipamentos mais modernos para manufatura na fábrica de Resende, RJ. Adílson Dezoto, vice-presidente de pro- dução e logística, diz que as exportações responderam por razão fundamental para a atualização da linha, que incluiu modifi- cação de toda estrutura de produção, com devida integrção de setores: “Fizemos um investimento pesado, com atualizações tecnológicas que nos inseriram no contexto de manufatura 4.0. O que está havendo é uma grande revo- lução de conectividade de inteligência artificial e também de customização. Os produtos estão mais complexos, o que demanda processos igualmente de maior complexidade”. Processos que utilizam tecnologia obsoleta tendem a onerar a produção. Quanto menor o tempo para fabricar um veículo, menor é o custo.
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