AD 344
35 AutoData | Maio 2018 aportes fossem direcionados à inserção das linhas de produção no contexto da Indústria 4.0, aquele em que conectivida- de e realidade virtual caminham de mãos dadas com reduções de custos, ganhos de rentabilidade, veículos mais seguros e componentes produzidos com mais qualidade, observa José Rizzo, presidente da ABII, Associação Brasileira de Internet Industrial: “São exigências da nova realidade em que a indústria de veículos se encontra, tendo na modernização uma possibilida- de de ganhar novos mercados e superar dificuldades. Mais do que isso é a possi- bilidade de elevar a produção brasileira de patamar, ainda que seja necessário Divulgação/Renault A necessidade de maior eficiência e a busca do mercado externo levaram nossas fábricas a evoluções notáveis muito mais, ummovimento permanente”. Ele, cuja entidade agrega algumas das empresas que fornecem tecnologia às montadoras, acredita que a aposta na ma- nufatura digital é um caminho sem retorno. Alguns bons passos já foram dados. RAZÕES E REAÇÕES Em 2015, logo após a eclosão do qua- dro negativo que tomaria conta do merca- do até dezembro do ano passado, a FCA inaugurou, a custo de R$ 2 bilhões, uma fábrica em Goiana, PE. O projeto marca- va a entrada da subsidiária brasileira do Grupo Fiat Chrysler no que havia de mais moderno em termos de produção de veí- culos: deveria ser constituída de tecnologia de ponta o suficiente para produzir novos modelos Fiat e os novos Jeep nacionais, Renegade e Compass. Para se destacar no segmento era preciso adotar novos processos de fabricação e, por isso, as linhas deveriam contar com novas confi- gurações e ferramentas. Aaposta na tecnologia deu certo para a FCA: a necessidade de se produzir veículos nacionais mais modernos fez com que a empresa tivesse acesso a tecnologias que lhe permitiram ser mais eficiente do ponto de vista operacional. A empresa adquiriu 1,1 mil robôs colaborativos para operar nas linhas do Polo Automotivo Jeep e houve também a criação de um laboratório, o Manufacturing 2020, onde testam-se no- vas tecnologias e processos voltados ao conceitos de Indústria 4.0. O modelo que teve êxito em Pernambuco acabou sendo replicado na outra unidade mantida pela empresa no País, em Betim, MG.
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