AD 344
32 Maio 2018 | AutoData ENSAIOS 2025 » FUTURO DAS AUTOPEÇAS EVOLUÇÃO NATURAL Ainda que o processo enfrente local- mente um quadro de indefinição a Delphi Technologies vê o futuro como natural evo- lução da indústria, que acaba quase que por forçar a renovação da linha de produtos e de fábricas. ABorgWarner, segundo Santos, acredita que a principal mudança com relação aos componentes será a extinção da produção do motor a combustão como acontece atualmente, o que, entretanto, levará ainda muitos anos para acontecer: “Mudanças mais simples já ocorrem. Temos o caso dos alternadores atuais, de 12V, que começam a perder espaço para os de 48V, e algumas partes da tração 4x4 manual sendo subs- tituídas por sistemas elétricos”. Hadad, da ZF, entende que mudanças mais profundas emsua atual linha de com- ponentes é algo ainda carente demaiores certezas, mas enxerga a eletromobilidade como forte possibilidade de sensível dimi- nuição do uso de sistemas tradicionais de powertrain e chassis, ainda que de uma forma gradual: “Apesar das possíveismudanças os pro- dutos atuais podem assumir novas fun- ções e características no futuro. Certo é que componentes automotivos continuarão existindo, porém serão dotados de inteli- gência e conectividade. Nesse sentido as empresas terão que readaptar seus conhe- cimentos e alinhá-los às novas realidades.” Para o Sindipeças amudança nos com- ponentes que fazem parte dos carros é mero reflexo de tendência já conhecida há muitos anos na indústria: “Veja o caso da alavanca de freio de mão manual, que agora está sendo substituída por um sis- tema eletrônico. As novas tecnologias tra- zem naturalmente novos componentes, e é natural que alguns deles passem por mudanças enquanto outros simplesmente deixarão de existir”. SOFTWARES E HARDWARES É óbvio que softwares e hardwares terão cada vez mais lugar no cérebro dos carros do futuro, demandando assim produção cada vezmaior, opina Oliveira, da Delphi: “A demanda será por peças com alta tecno- logia, menor peso, menor volume e maior eficiência. Este é umaspecto que levamos em consideração para os futuros desen- volvimentos”. A Borgwarner entende que apesar de uma provável evolução de sistemas avan- çados de informática em veículos a sua movimentação propriamente dita continu- ará a cargo de componentes automotivos, que atuarão emconjunto comumcérebro eletrônico. AZF compartilha e entende que os componentes automotivos continuarão existindo, ainda que dotados de maior in- teligência e conectividade nascida a partir de desenvolvimentos de outras empresas. Também o Sindipeças vê a questão de forma semelhante, com companhias que desenvolverão a parte de programação repartindo a estrutura de um veículo com aquelas que produzirão componentes automotivos da mesma forma que atual- mente, ainda que adicionados de novas tecnologias, atendendo às demanda do mercado sem uma transformação radical nos perfis de produção. Por outro lado, e da mesma forma, novas empresas farão parte do quadro das fabricantes de autopeças, como as especializadas em softwares e hardwares para computadores e celulares, que passarão a usar seu conhecimento para fornecer às montadoras.
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