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26 Maio 2018 | AutoData MERCADO » TENDÊNCIAS bastante espaço interno, boa visibilidade e suspensão elevada”. Assim como o colega da Nissan ele também argumenta que “influencia o gos- to dos brasileiros pelos SUVs a alta versa- tilidade de uso em diferentes ocasiões e tipos de terreno, sejamvias pavimentadas ou estradas de terra”. A Honda acompanha de perto a Jeep: o HR-V foi o segundo mais vendido do segmento no primeiro trimestre, quase empatado com o Compass – a diferença, segundo a Fenabrave, foi de meras 150 unidades. Na lista por marca a Honda tam- bém ocupa a segunda posição, com 16%. “O HR-V já é o líder emvendas da mar- ca Honda no Brasil, e acreditamos que ainda há espaço para crescermos.” O TAMANHO DO MERCADO Há seis anos, 2012, as vendas de utili- tários esportivos não chegavam a 10% do mercado brasileiro de automóveis: pouco mais de 270 mil das 3,1 milhões comer- cializadas no País. No ano passado os utilitários esportivos representaram 22,3% das vendas locais, ou índice demais que o dobro ante aquele de 2012. Os licenciamentos da faixa em 2017 somaram 414,5 mil unidades, crescimento de 37% ante 2016, quando os brasileiros compraram 302,5 mil SUVs. Assim o ano passado marcou o recorde do segmen- to, que, até então, crescia em ritmo bem inferior – e inclusive se viu reduzido em volume de 2015 para 2016, embora sem- pre ganhando participação no bolo total. De janeiro a março de 2018 o segmento já avançou outros 35% ante crescimen- to bem menor, 15%, nas vendas totais de automóveis. Os executivos acreditam que esse ritmo deverá se manter até o fim do ano mas nem por isso entendem que o fôlego de expansão do segmento esteja chegando ao fim. “O mercado de SUVs tem potencial para crescer e acho prematuro colocar um prazo para este interesse do público”, diz Oliveira, da Honda. “O sucesso dos SUVs é um fenômeno mundial percebido há alguns anos em diversas regiões globais, como Europa e Estados Unidos. O CR-V, por exemplo, é o utilitário esportivo mais vendido no mercado estadunidense nos últimos vinte anos.” Tal demanda pelo CR-V ali limitou in- clusive a oferta do modelo, importado do México, no Brasil: a Honda trará apenas quinhentas unidades por ano do modelo, seu topo de linha da faixa. Gomez, da Nissan, aposta que muitos consumidores brasileiros de hatches e sedãs pequenos migrarão para um SUV nos próximos anos: “Não consigo dizer até onde vai esse segmento, mas temos modelos, como o Kicks, que são muito eficientes em consumo de combustível e que oferecem muita tecnologia”. Difícil mesmo é traçar um perfil mini- mamente exato do brasileiro comprador de SUV. Para Silvestri, da Jeep, é cedo para rotular o consumidor, que migra de praticamente todos os outros segmentos. “Potencialmente é quase todo mundo: homem ou mulher acima de 35 anos, das classes A e B”. Para Oliveira os próprios atributos dos SUVs ajudam a pulverizar o perfil: “Design moderno e aventureiro pode atrair tanto jovens como pais de família. Já conforto e espaço interno são temas levados em Rumo ao topo Primeiro trimestre: participação das vendas por segmento. Segmento 2018 2017 Hatch pequeno 28,2% 27% SUVs 24,3% 20,8% Entrada 18,7% 20,9% Sedã pequeno 13,6% 14,7% Sedã médio 7,5% 8,3% Sedã compacto 2,6% 2,4% Monocab 1,9% 2% Grandcab 1,1% 1,5% Hatch médio 0,7% 1,3% Sedã grande 0,5% 0,4% SWmédio 0,4% 0,3% Sport 0,1% 0,1% SW grande 0% 0%

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