BrazilAutomotiveGuide_2025

GUIDE  2025 Ano 8 | Janeiro 2025

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BAG DESEMPENHO & PERFIL • PERFORMANCE & PROFILE 6 18 38 52 80 134 12 30 44 66 90 130 140 148 124 ADIENT 126 BOSCH PERFIL EMPRESARIAL CORPORATE PROFILE 128 CONTINENTAL PARAFUSOS 86 88 VOLARE MARCOPOLO DESEMPENHO & PERFIL PERFORMANCE & PROFILE FABRICANTES DE IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS ROAD TRANSPORT EQUIPMENT MANUFACTURERS FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES CAR AND LIGHT COMMERCIAL MANUFACTURERS FABRICANTES DE AUTOPEÇAS/SISTEMISTAS AUTOPARTS/SYSTEMS MANUFACTURERS FABRICANTES DE CAMINHÕES HEAVY DUTY TRUCK MANUFACTURERS FABRICANTES INDEPENDENTES DE MOTORES PESADOS INDEPENDENT HEAVY DUTY ENGINES MANUFACTURERS IMPORTADORES DE VEÍCULOS VEHICLE IMPORTERS FABRICANTES DE PNEUS TIRE MANUFACTURERS FABRICANTES DE MOTOCICLETAS MOTORCYCLE MANUFACTURERS ASSOCIAÇÕES DE CONCESSIONÁRIOS DEALERS ASSOCIATIONS MÁQUINAS AGRÍCOLAS E DE CONSTRUÇÃO AGRICULTURAL AND HIGHWAY CONSTRUCTION MACHINERY ENTIDADES ENTITIES CONJUNTURA SCENARIO FABRICANTES DE ÔNIBUS BUS MANUFACTURERS 16 GRUPO ABG

BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 5 BAG EDITORIAL • EDITORIAL autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora @autodataeditora Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Colaboraram nesta edição Caio Bednarski, Roberto Hunoff e Soraia Abreu Pedrozo, reportagem, Pedro Kutney, Vicente Alessi, filho edição, e Pablo Blas, tradução Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR/divulgação Capa StudioFI/shutterstock Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, bloco 5, 4º andar, sala 434, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP 2025 started with an hangover. And the reason for this is not the excess in imbibing too much booze during the Holidays. At the last days of 2024, a year that would justify a joyous celebration of the many positive points, financial markets put out a stern message: we need to curb the economy and take care of the public accounts. While economists warn about the risk of a total lack of control of inflation and government expenditures, some leaders in the automotive industry believe that the real economy has to do with roads, consumer spending and the number of employed people. All of these indicators were extremely positive in 2024, and all indications are that this trend will be maintained this year. AutoData’s commitment is that of bringing the best information to run business in the long automobile industry chain. And this BAG, Brazil Automotive Guide, offers some clues, evaluating the industry’s performance of last year, plus the expectations of executives concerning their companies for 2025. We hope that throughout 2025 we all will manage to reverse the order of the words used in this editorial headline. We need more optimism and a little bit less caution, so we can keep on growing. 2025 acordou de ressaca. E a razão não foi a birita exagerada no período de festas de fim de ano. No apagar das luzes de 2024, um ano que justificaria um porre para comemorar conquistas, o mercado financeiro deu um recado claro: é preciso contrair a economia e cuidar das contas públicas. Enquanto economistas alertarem para o risco de descontrole da inflação e dos gastos públicos, alguns líderes do setor automotivo consideram que a economia real passa pelas estradas, pelo consumo e pela quantidade de pessoas com carteira de trabalho assinadas. Todos estes indicadores foram extremamente positivos em 2024 e a tendência é que mantenham uma trajetória otimista este ano. O compromisso de AutoData é trazer a melhor informação para a condução dos negócios na longa cadeia da indústria automotiva. E este BAG, Brazil Automotive Guide, como acontece há sete anos, oferece algumas pistas, considerando o desempenho do setor no ano passado e a expectativa que os executivos têm para 2025. Esperamos que ao longo deste 2025 os adjetivos utilizados no título deste editorial estejam invertidos. Porque precisamos de mais otimismo e de um pouco menos de cautela para continuar crescendo. Pouco otimismo, muita cautela A little optimism, lots of caution

BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 6 O mercado brasileiro de veículos superou todas as expectativas das montadoras e da própria Anfavea, que esperavam no início do ano passado crescimento em torno de 6%. Mas o resultado foi muito melhor e, em dezembro, a Anfavea divulgou que as vendas seriam mais de 200 mil unidades melhores, alta de 15%, mas o ano terminou com alta de 14%, com 2 milhões 634 mil veículos comercializados. Desmembrando as vendas por segmento de veículos os leves chegaram em torno de 2 milhões 484 mil unidades, contra a previsão inicial de 2 milhões 304 mil emplacamentos. No caso dos pesados a entidade foi melhor em suas projeções, mirando as 146 mil vendas no início do ano, volume que subiu levemente para 149,7 mil. Quem mais se aproximou do tamanho real do mercado em suas projeções foi a Fenabrave, que desde julho de 2024 apostava em um incremento de 14,7% sobre 2023, com 2 milhões 647 mil veículos leves e pesados. Pouco antes do fechamento deste BAG a Fenabrave divulgou sua previsão para 2025, um pouco mais conservadora, estimando crescimento geral de 5%, para 2 milhões 766 mil unidades. Já a Anfavea apresentou em dezembro suas projeções para 2025, colocando suas fichas em mais um ano de crescimento, com vendas 5,6% maiores, para 2,8 milhões de unidades. O avanço será puxado pelos automóveis e comerciais leves, que deVento a favor soprou mais forte The tailwind has blown stronger The automotive market was a pleasant surprise, and grew by a whopping 14% in 2024. Mercado automotivo brasileiro surpreendeu e cresceu 14% em 2024 BAG DESEMPENHO & PERFIL • PERFORMANCE & PROFILE The Brazilian vehicle market exceeded every expectation by vehicle manufacturers and Anfavea itself, which called for a growth rate in the neighborhood of 6 % for last year. But actual figures were far better, and in December Anfavea announced that sales would be over 200,000 units in excess of previous estimates, for a high of 15%. After the end of the year the real growth was 14%, translating to 2 million 634 thousand units. Breaking down sales figures by segment, the light vehicles posted sales of 2 million 484 thousand units, as opposed to initial forecasts that called for 2 million 304 thousand licenses. In the case of the heavy segment, Anfavea was more accurate in its forecasts, shooting for 146 thousand units in the beginning of the year, and the actual number was 149.7 thousand. Fenabrave was the most accurate in its forecast, which since July 2024 was betting on an increase of 14.7% over 2023, to 2 million 647 thousand light and heavy vehicles. Shortly before the closing of this BAG, Fenabrave released its forecast for 2025, a little more conservative, estimating overall growth of 5%, to 2 million 766 thousand units. Then again, in December, Anfavea produced its projections for 2025, calling for yet another growth year, with sales growing by 5.6%, which translates into 2.8 million units. Best performers will be cars and light commercial vehicles, sales of which should go up by 5.8% for a total 2 million 629 thousand

BAG DESEMPENHO & PERFIL • PERFORMANCE & PROFILE BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 8 verão crescer 5,8%, chegando a 2 milhões 629 mil, e caminhões e ônibus somarão 153 mil unidades, expansão de 2,1% sobre 2024. Segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, o desempenho poderia ser melhor em 2025 caso a taxa básica de juros não estivesse apontando para cima. O Copom, Comitê de Política Monetária, do BC, Banco Central do Brasil, aumentou a Selic em 1 ponto porcentual em dezembro, chegando a 12,25%, e antecipou que novas elevações de 1 ponto porcentual deverão ocorrer nas próximas reuniões, podendo chegar a 14,25%: “Se o patamar de 9,25% de janeiro de 2024 fosse mantido a indústria poderia chegar a 3 milhões de unidades vendidas já em 2025. Em 2024 ainda não sentimos os efeitos do Marco das Garantias nos juros automotivos, algo que poderá começar agora porque as primeiras retomadas aconteceram e isso pode mexer no spread”. Ao contrário do que ocorreu em 2024, com as vendas crescendo bem acima da produção, a expectativa do presidente da Anfavea é de um avanço maior na produção em 2025, com expansão de 6,8% e 2 milhões 749 mil unidades. Este volume já considera o início da produção das novas fábricas da BYD e da GWM, com a primeira começando a produzir até março e a segunda até junho. Este avanço está totalmente baseado em uma redução das importações, com a volta do II, imposto de importação, para veículos eletrificados a 35% ainda no primeiro trimestre de 2025, algo que ainda não foi oficializado pelo governo federal, mas é um tema defendido pelas montadoras instaladas no País e representadas pela Anfavea. Oficialmente este porcentual do II está programado para voltar apenas em julho de 2026, chegando a 25% em julho de 2025 para elétricos, 28% para híbridos plug-in e 30% para híbridos convencionais. No caso das exportações a projeção da Anfavea é de um volume 6,2% maior do que em 2024, ano em que os embarques andaram de lado, subindo para 428 mil veículos em 2025. PESADOS Depois de um 2023 complicado por causa da introdução do Proconve P8 e da tecnologia de emissões Euro 6 a expectativa era de que o mercado de veículos pesados voltasse à normalidade em 2024, com a retomada da demanda. Foi exatamente o que aconteceu. De janeiro a dezembro foram vendidos 122,1 mil caminhões, incremento de 17,4% na comunits, and trucks and buses will add up to 153 thousand units, for a 2.1% growth over 2024. According to Anfavea president, Márcio de Lima Leite, performance could be better in 2025 if the basic interest rate was not pointing upwards. Copom, the committee of Central Bank overseeing the matter, increased the Selic rate by 1 percentage point in December, to 12.25% per year, and announced that new increases of 1 percentage point each should take place in the next 2 meetings, making the rate reach 14.25%. “Should the Selic rate of 9.25% which was valid in January 2024 have been maintained, the car industry could get to the 3 million units level in 2025. In 2024 we have not yet felt the effects of the Marco das Garantias, the new law regulating access to credit. This could happen shortly, with an impact on the spread”. As opposed to what happened in 2024, with sales rates well in excess of production, Anfavea’s president foresees more significant strides in production for 2025, with an increase of 6.8% to 2 million 749 thousand units. This volume comprises the production coming out of the new BYD and GWM plants, with the former starting up in March and the latter before June. This increase hinges on a decrease in imports, with the incidence of an II (import tax) of 35% for electrified vehicles in the first quarter of 2025, something yet to be made official by the federal government, but heavily heralded by vehicle manufacturers operating in the country, all members of Anfavea. Officially, this II increase is scheduled to take place in July 2026, starting with 25% in July 2025 for electric vehicles, 28% for plug-in hybrids, and 30% for conventional hybrids. In the case of exports, Anfavea projects a 6.2% increase over that of 2024, a year when volumes really muddled through, growing to 428 thousand vehicles in 2025 HEAVY VEHICLES After a rather challenging 2023 in the wake of the Proconve P8 legislation and the Euro 6 emissions technology, expectations were that the heavy truck market would go back to normal in 2024, with demand picking up. And this is precisely what happened. From January through December, a total of 122.1 thousand trucks were sold, for an increase of 17.4% as compared to 2023, and room for additional growth in the coming years.

BAG DESEMPENHO & PERFIL • PERFORMANCE & PROFILE BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 9 The bus segment recorded 27,7 thousand sales in twelve months, the best result for such a period since 2014, with an increase of 12.4% over 2023. For 2025 Anfavea expects demand to be strengthened as a function of the Caminho da Escola program, which should generate an interesting volume of sales, coupled with the demands of transport operators. PROFILE Once the country had received new plants in 2022 and 2023, in 2024 the automotive industry maintained its strength, with 59 plants installed in 10 states, throughout 41 cities, and with Anfavea boasting 27 members. GWM and BYD are still to be confirmed as new members, but it is expected that this will take place this year, when their plants start to put out made in Brazil products. The installed production capacity for the industry as a whole is 4.5 million units by the end of 2024, and this figure should climb to close to 4.7 million as BYD and GWM start operating. In the next couple of years, this figure is bound to increase, given that some of the companies are increasing their operations. A case in point is Toyota, which in 2026 will have a new plant producing locally. Additionally, the production capacity for agricultural machines adds up to 125 thousand units. Altogether, vehicle and auto parts factories and distribuitors generate over 1.2 million jobs in the country. With this volume, the Brazilian automotive industry is the eighth largest in global terms, and the sixth largest market. Overall billings for the whole industry were US$ 53.6 billion, generating R$ 93 million in taxes such as IPI, PIS, Cofins, ICMS and IPVA. Auto parts manufacturers, which are brought together in Sindipeças, add up to 491 different companies in Brazil, with roughly 600 plants. 41 Cidades/Cities 59 Fábricas/Factories 10 Estados/States 27 Associadas/Associates Indústria de veículos em 2024 Vehicle industry in 2024 paração com iguais meses de 2023 e espaço para crescer ainda mais nos próximos anos. O segmento de ônibus registrou 27,7 mil vendas em doze meses, o melhor resultado desde 2014, com alta de 12,4% sobre 2023. Para 2025 a expectativa da Anfavea é de que a demanda seja puxada para cima graças ao programa Caminho da Escola, que deverá registrar um bom volume de entregas, junto com as demandas dos operadores de transporte. PERFIL Depois de o País receber novas fábricas em 2022 e 2023, em 2024 a indústria automotiva manteve o seu porte, com 59 unidades produtivas instaladas em dez estados e em 41 cidades, com a Anfavea somando 27 associadas. A adesão de GWM e de BYD ainda não foi consumada, o que deverá acontecer este ano, quando suas fábricas começarem a produzir carros made in Brazil. A capacidade produtiva da indústria é de 4,5 milhões de unidades até o fechamento de 2024, e este número deverá subir para perto de 4,7 milhões com início de produção da BYD e da GWM. Nos próximos anos este número seguirá aumentando pois algumas empresas estão ampliando suas operações, caso da Toyota, que em 2026 terá uma nova fábrica produzindo localmente. Este volume se soma à capacidade de produção de 125 mil máquinas agrícolas por ano. Somando fábricas de veículos, de autopeças e distribuidores, o setor emprega mais de 1,2 milhão de pessoas no País. Com esse tamanho a indústria automotiva nacional é a oitava maior globalmente, e o sexto maior mercado interno. O faturamento do setor em 2022 foi de US$ 53,6 bilhões, gerando R$ 93 bilhões em impostos como IPI, PIS, Cofins, ICMS e IPVA. As fabricantes de autopeças, representadas pelo Sindipeças, somam 491 empresas no Brasil, com aproximadamente 600 fábricas.

BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 12 BAG CONJUNTURA • SCENARIO O movimento do BC, Banco Central do Brasil, de promover elevação da taxa básica de juros, que em dezembro foi a 12,25%, com sinalização de alta, chegando em março a mais de 14%, recebeu o nome de “choque de juros”. E isto comprometerá o desempenho da economia, sobretudo o mercado automotivo em 2025. O cenário causa impactos diretamente sobre o crédito, peça fundamental para elevar a venda de veículos zero-quilômetro. A indústria gostaria de retornar a 2020, 2021, quando a taxa Selic era de 2% ao ano e 70% dos negócios eram feitos a prazo. Crédito segue como o maior desafio em 2025 Credit still the biggest hurdle in 2025 The initiative by BC, Brazil’s Central Bank, in deciding the increase in the interest basic rate, which in December climbed to 12,25%, with a forewarning that by March 2025 this rate should exceed the 14% mark, was branded “interest rate shock”. And this will jeopardize the performance of the economy, in particular the car market in 2025. This scenario will have an impact on credit, which is a key component to get the sales of brand-new models going. The industry wishes it could go back to 2020 and 2021, when the Selic rate was 2% per year and a full 70% of sales were on credit. But investments topping R$ 180 billion in R&D and innovation should boost the automotive chain Mas investimentos de mais de R$ 180 bilhões em P&D e inovação deverão impulsionar a cadeia automotiva Freepik

BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 13 BAG CONJUNTURA • SCENARIO In the last two years, there was a turnaround in payment terms, with 70% of sales being cash, and 30% on credit, as an effect of delinquency rates, which raised interest rates and curtailed availability of credit. Lately, the proportion has been 55% cash and 45% credit, as per Anfavea. “We foresee that this proportion should hover around 50% for each option,” says Anfavea president, Márcio de Lima Leite. “For, despite the increase in interest rates, there is a belief that taxes will go down from the actual rates, one of the reasons being the Marco das Garantias, which will take hold starting this year, as the first cases of recouping goods from delinquent clients started to show up in late 2024.” Additionally, he stated: were it not for this increase in Selic plus the shadow of new increases to come, and assuming that the 9,25% Nos últimos dois anos, porém, houve inversão das formas de pagamento, sendo 70% das vendas à vista e 30% financiada, por causa do aumento da inadimplência, que elevou as taxas de juros e reduziu a disponibilidade de crédito. Recentemente a relação estava em 55% à vista e 45% a prazo, de acordo com a Anfavea. “Nossa perspectiva é a de que esta proporção fique em 50% para cada uma das modalidades”, afirmou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite. “Pois, apesar do aumento dos juros, existe a aposta na redução das taxas praticadas, puxada pelo Marco das Garantias, que deverá ter efetividade a partir deste ano, uma vez que os primeiros casos de retomada de bens de inadimplentes começaram a aparecer no fim de 2024.” Ele foi além: não fosse este aumento da Selic com perspectiva de novas elevações, e conside2 945 2 014 2 248 2 370 2 324 2 574 2 749 2 788 2 058 2 120 2 104 2 308 2 634 2 800 433,5 324,3 376,4 480,9 403,9 403 428 2019 2020 2021 2022 2023 2024* 2025* Desempenho dos fabricantes de veículos no Brasil – 2019-2025* Performance of vehicle manufacturers in Brazil - 2019-2025 Em milhares de unidades/In thousands of units Produção/Production | Vendas/Sales | Exportações/Exports Fonte: Anfavea/*projeções

BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 14 BAG CONJUNTURA • SCENARIO rando que a taxa do início de 2024, de 9,25% ao ano, fosse retomada, a ideia era a de que o mercado alcançasse 3 milhões de unidades comercializadas este ano, e as vendas a prazo voltassem ao patamar de 70%. Mesmo assim a perspectiva é de mercado de quase 2,8 milhões de veículos, alta de 5,6% ante os 2 milhões 634 mil de 2024. A projeção para as linhas de produção é mais otimista, alta de 6,8%, para 2 milhões 749 mil unidades, uma vez que a entidade já contabiliza os efeitos do início da operação das fábricas da BYD, em Camaçari, BA, e da GWM, em Iracemápolis, SP, aguardadas para 2025. Este crescimento também se calca na expectativa de redução das importações – a entidade espera a recomposição integral da alíquota de 35% ainda este ano. De qualquer maneira, diante da pressão nos preços por causa da inflação que pode encerrar em 4,8%, quiçá, aos 5% /ano, há quem projete Selic de 15% em 2025, caso do Banco Itaú. Antes mesmo da alta da Selic pelo Copom, em novembro, o superintendente de pesquisa econômica da instituição, Fernando Gonçalves, já projetava Selic de 13,5% a 14%. Na ocasião ele ressaltou que o corte de gastos promovido pelo governo federal é importante, embora insuficiente, diante do fato de que não diminuirá a dívida com relação ao PIB que, ao contrário, fica maior conforme os juros sobem. Considerando que a elevada taxa de juros também reflete a intenção de realizar investimentos no setor produtivo, o PIB pode receber impactos. É esperado crescimento na geração de riquezas este ano de 2%, conforme projeção da Anfavea, de 2,1% para o BC e, no mais otimista dos casos, de 2,4%, por parte do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Para 2024, contrariando todas as projeções iniciais, a expectativa é que o PIB tenha um avanço de 3,5%. Quanto ao câmbio o BC estima que o dólar, de R$ 5,99 dos últimos dias do ano passado, encerre este ano aos R$ 5,85. Ao menos o Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovação, estimulou o anúncio de R$ 130 bilhões em investimentos por parte das montadoras e outros R$ 50 bilhões de empresas da cadeia de suprimentos. Lima Leite, da Anfavea: “Trata-se do maior ciclo de investimentos do setor automotivo na história”. A demora na publicação da regulamentação, porém, incomoda montadoras, principalmente por rate we observed in early 2024 was maintained, projections are that the market could reach the 3 million units level this year, and sales on credit would go back to the 70% level. Still, the forecast for the market is for almost 2,8 million vehicles, or a 5.6% increase, compared to the 5.6% increase translating into 2 million 634 thousand in 2024. Projection for production levels is more bullish, an increase of 6.8% to 2 million 749 thousand as the entity already takes into account the startup of the BYD, in Camaçari, BA and GMW in Iracemápolis, SP, plants which are planned for 2025. This growth also considers the expected reduction in imports – Anfavea expects the comeback of the 35% tariff this year. Anyway, given the pressure on prices on account of inflation, which could close at a 4.8%, even 5% yearly rate, some agents are predicting a Selic rate of 15% in 2025, with Banco Itaú being a case in point. Even before the latest rise in the Selic rate, back in November, the bank’s superintendent for economic research, Fernando Gonçalves already projected a Selic rate reaching up to 13,5 to 14%. In that opportunity, he stressed that cost reductions in the government’s agenda are important, though insufficient, as they will not reduce foreign debt as a proportion of the GDP; to the contrary, it goes up as the Selic rate goes up as well. Taking into account that the high interest rates also impact on the decision of investing in the productive sector, GDP could be adversely affected. It is expected that GDP should go up this year by 2% according to Anfavea’s projection. The Central Bank estimated 2.1%, and the most optimistic projection was 2.4% as put forward by IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. For 2024, topping all initial projections, now we should witness a GDP growth rate of 3.5%. As to the exchange rate, Central Bank estimates the US dollar trading at the R$ 5.99 level by the end of last year, should close this year at the R$ 5.85 level. The Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovação, prompted the announcement of a sum of R$ 130 billion in investments by manufacturers, plus an additional R$ 50 billion to be invested by chain of supply companies. Says Lima Leite, from Anfavea: “It is the most significant investment cycle in the automobile business ever.”

BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 15 BAG CONJUNTURA • SCENARIO The tardiness in making public the ground rules, however, is a thorn in the side of the manufacturers, given that the headquarters abroad are restless, as they had decided to invest vast sums of money under the promise that clear rules plus institutional, legal structures would be in place and operational. Issues such as Green IPI, which is in the horizon within the next couple of years, are essential for the planning process in the companies, which also need to know in advance the rules for energy efficiency so they can define their next steps. According to Lima Leite the answer that came from the government was that the document would be analyzed by the Federal Revenue Office in December. He believes that it will be made public timely, given the pressure being exerted by stakeholders. On top of the R$ 3.5 billion earmarked in 2024 for projects which benefited from incentives in tax credits, gone before the end of the third quarter as initiatives of the 121 companies that applied for the program, it is expected that R$ 3.8 billion in 2025, R$ 3.9 billion in 2026, R$ 4 billion in 2027 and R$ 4.1 billion in 2028 will be granted as well. causa das cobranças realizadas por parte das matrizes, que aprovaram investimentos sob a promessa de segurança jurídica e regras definidas. Temas como o IPI verde, que trará o horizonte tributário dos próximos anos, são de fundamental importância para o planejamento de desenvolvimento das companhias, que precisam, também, conhecer as regras de eficiência energética para definir seus próximos passos. Segundo Lima Leite a resposta que teve do governo é que o texto estaria sendo analisado pela Receita Federal em dezembro. O dirigente avaliou que a publicação é de caráter emergencial, ao fazer coro à pressão para que os trâmites sejam acelerados. Além dos R$ 3,5 bilhões destinados em 2024 a projetos que receberam incentivos em créditos tributários, esgotados antes do fim do terceiro trimestre por iniciativas de 121 empresas que se habilitaram ao programa, é prevista a concessão de R$ 3,8 bilhões em 2025, R$ 3,9 bilhões em 2026, R$ 4 bilhões em 2027 e R$ 4,1 bilhões em 2028. Gorodenkoff/Shutterstock

16 Investimentos em novas unidades industriais no Brasil e na Argentina elevam a presença do Grupo ABG como fornecedor de montadoras O Grupo ABG atende aos principais mercados de montadoras e sistemistas, tanto para veículos leves como comerciais, ônibus e pesados, assim como equipamentos de construção, agrícolas e até empilhadeiras. Seus produtos servem aos segmentos de rodas em alumínio, estruturas de bancos, conjuntos de aço estampados e soldados, peças técnicas em alumínio injetado, peças em polímeros injetadas e sopradas, peças usinadas, conjuntos montados, peças eletrônicas para motores e extintores de incêndios. Com um planejamento estratégico denominado ABG Way, que tem como foco o crescimento sustentável, através de novos negócios e investimentos, impulsionando as receitas e atendendo às crescentes demandas por qualidade e inovações do setor, o Grupo ABG segue investindo em pessoal Unidade especializada em acabamento e armazenamento da Neo Rodas, localizada em Itupeva/SP. ABG amplia atuação em OEM

17 a nossa presença no mercado OEM nos próximos anos. Com a entrada de produtos e soluções em todas as suas unidades fabris que agregam novas tecnologias, estão sendo realizados investimentos em expansão da nossa capacidade produtiva, ampliação do parque de equipamentos e contratação de pessoal qualificado.” Além de novos negócios, essas ações têm trazido importantes reconhecimentos para o Grupo ABG. Desde 2016 o Grupo recebeu diversos prêmios de clientes, da mídia (incluindo o Prêmio Autodata em 2017, recebido pela Neo Rodas) e de instituições ligadas ao setor. Recentemente, as unidades Neo Parts e Neo PWT foram premiadas pelo Instituto Metropolitano de Engenharia e Tecnologia de Minas Gerais (Imet) com o prêmio Top Master Engenharias 2024, em função da qualidade de suas soluções. Além disso, a Neo Rodas foi reconhecida em maio de 2024 pela Volkswagen, com indicação ao prêmio “The One”, que homenageia os melhores fornecedores do ano em várias categorias. Em setembro de 2024, a Neo Rodas também foi indicada como uma das melhores fornecedoras globais da Stellantis, sendo convidada para o evento de premiação anual em Turim, na Itália. Em dezembro de 2024, duas unidades do Grupo foram reconhecidas pela Volkswagen, como fornecedores de destaque em qualidade, na planta de motores em São Carlos/SP. A empresa também foi uma das finalistas do Prêmio Autodata 2024, na categoria de Fornecedor do Ano. Alexandre Abage foi finalista na categoria de Personalidade do Ano, confirmando a relevância do executivo e da empresa no cenário automotivo brasileiro. “Ser reconhecido entre os principais executivos do setor e entre as principais empresas do universo automotivo brasileiro, por uma entidade tão tradicional e respeitável como Autodata, é uma grande honra e a confirmação de que estamos no caminho certo, na nossa trajetória do crescimento sustentável e excelência junto ao mercado”, salienta Abage. Unidade especializada em soluções power train, a Neo PWT está localizada em Salto/SP qualificado nas engenharias, nos laboratórios e nas unidades produtivas, tanto para suportar ampliação da capacidade produtiva, como em novas tecnologias. O conglomerado conta com mais de 100 profissionais de engenharia e laboratórios, desenvolvendo simultaneamente mais de 150 novos produtos, espalhados por seus centros de desenvolvimento e unidades produtivas. O ABG Way norteou a decisão de abrir uma futura fábrica de rodas na Argentina, bem como instalar novas unidades no Brasil, fortalecendo sua presença em termos de capacidade, tecnologia, competitividade e atendimento logístico dos clientes. Alexandre Abage, presidente e CEO do Grupo ABG, destaca a importância do plano: “Estamos fazendo uma mudança na cultura organizacional visando atender as necessidades e o crescimento dos nossos clientes, o que vai ao encontro do nosso novo Modelo de Gestão, com foco em potencializar as oportunidades que tem colocado o Grupo em destaque no cenário nacional e global”, explica. Ricardo Guerini, vice-presidente executivo do Grupo, completa. “As empresas do Grupo ABG vêm sendo nomeadas por montadoras instaladas no Brasil e na Argentina para projetos que irão fortalecer

BAG FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES • CAR AND LIGHT COMMERCIAL MANUFACTURERS BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 18 O mercado de automóveis e comerciais leves superou todas as expectativas em 2024. A Anfavea iniciou o ano com projeção moderada de 5,7% sobre 2023, chegando a 2,3 milhões de unidades. Na metade do ano revisou os números para um incremento de 10,9%, sugerindo pouco mais de 2,4 milhões. Mas o desempenho foi ainda maior, chegando a quase 2,5 milhões de unidades, expansão de 14% sobre 2023. Diante de um cenário tão positivo no fechamenCalmaria depois da expansão Calm after the expansion This market exceeded all expectations in 2024. Anfavea started off with calls for a moderate increase of 5.7% over 2023, thus reaching 2.3 million units. By mid-year it revised its numbers, calling for an increase of 10.9%, getting to a bit over 2.4 million units. But this number was even bigger, topping almost 2.5 million mark, or an increase of 14% over 2023 levels. Confronted with such a positive scenario for the closing of 2024, Anfavea now projects a The car and light commercial vehicles should evolve at an easier pace in 2025 Mercado de automóveis e comerciais leves deverá crescer em ritmo menor em 2025 Divulgação/Stellantis

BAG FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES • CAR AND LIGHT COMMERCIAL MANUFACTURERS BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 19 to de 2024 a Anfavea projeta crescimento de 5,6% para este ano, com a expectativa de que sejam negociados quase 2,8 milhões de veículos. Entretanto não há consenso, pelo menos por enquanto, nas projeções para 2025, de acordo com as consultorias entrevistadas por AutoData, que esperam alta de 3% a 6% do mercado. Alguns fatores podem ofuscar um desempenho mais robusto em 2025 e um dos jogadores adversários é o Proconve L8, nova fase do programa brasileiro de controle de emissões para veículos leves, que traz restrições mais fortes e obriga montadoras adotar tecnologias que elevam o preço dos veículos. Atualmente o tíquete médio dos modelos vendidos no Brasil ultrapassa os R$ 150 mil. Outro ponto que pode impedir o crescimento é a taxa Selic, que começa a ser elevada pelo Banco Central sob a justificativa de tentar controlar a inflação, na casa dos 5%. Esta combinação de juros mais altos, nova legislação de emissões e carros mais caros jogará contra uma expansão de dois dígitos porcentuais do mercado nacional: “A demanda por veículos leves no País encara desafios por causa da restrição do crédito”, diz Roberto Barros, analista sênior da consultoria S&P Global. “Este é o reflexo das altas taxas de juros e do preço mais alto com relação à média da renda brasileira.” Ele projeta para 2025 alta nas vendas de veículos leves de 2,8% sobre 2024, a projeção mais modesta dentre as consultorias. Milad Kalume Neto, consultor independente, com anos de experiência no setor, teve de revisar para baixo a sua projeção que, inicialmente, era de expansão de 8% para 2025 e, agora, é de 6%: “O incremento na taxa de juros será mais sentido, mas as bases sólidas da economia seguirão presentes. Mesmo com a revisão que fiz nas projeções ainda estamos falando de um mercado de 2 milhões 570 mil a 2,6 milhões de unidades”. A Bright Consulting também mantém projeção de 6% de alta nas vendas de veículos leves em 2025. Assim como as demais consultorias a Bright acredita que as bases macroeconômicas darão apoio ao mercado, com o Brasil elevando os níveis de renda e reduzindo o desemprego para a menor taxa da última década, em torno de 6%. CAUTELA DA INDÚSTRIA Segundo Márcio Lima Leite, presidente da Anfavea, com a taxa básica de juros na casa de 9,25% growth rate of 5.6% for this year, meaning a total of almost 2.8 million vehicles. However, there is not a consensus, at least for the time being, in estimates for 2025, according to sources interviewed by AutoData, with estimates ranging between 3% to 6% Some factors could daze a stronger showing in 2025, and one of the opponents is Proconve L8, a new step in the Brazilian program for emissions control of light vehicles, which brings additional, stronger limitations and compels manufacturers to adopt technologies that increase price tags. Currently, the average price for best sellers in this segment is above R$ 150 thousand. Another issue which could interfere with growth is the Selic rate, which is going up as the Central Bank struggles to control inflation, currently in the 5% range. This combination of higher interest rates, new legislation on emissions control and higher price tags will be a serious hurdle in the attainment of a two-digit growth for the national market: “Demand for light vehicles in this country faces challenges on account of credit limitations,” says Roberto Barros, senior analyst with consulting group S&P Global. “This is a reflection of high interest rates and higher price tags as compared to the average income in the country.” He forecasts for 2025 an increase on sales of light vehicles of 2.8% over 2024, the most conservative number among consulting firms. Milad Kalume Neto, independent consultant, with a long experience in the market, had to revise downwards his initial projection of 8% for 2025, and now puts it at 6%: “The increase in the tax rate will have its effect, but the solid foundations of the economy will still be there. Even with the reduction in my current forecast, we are still talking of a market worth from 2 million 570 thousand to 2.6 million units”. Bright Consulting also stands by a 6% growth rate in the sales volume of light vehicles in 2025. They too believe that the macroeconomic foundations will support the market, and Brazil will increase average per capita income, sending down the unemployment rate to around 6%, the lowest in this last decade. CAUTION IN THE INDUSTRY According to Márcio Lima Leite, president of Anfavea, with the basic interest rate hovering at

BAG FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES • CAR AND LIGHT COMMERCIAL MANUFACTURERS BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 20 [como esteve no início de 2024], em vez dos atuais 12,25%, o mercado poderia ser ainda maior em 2025, se aproximando dos 3 milhões de unidades “pois a demanda está aquecida”. Dentre as montadoras Toyota e Renault estão mais otimistas, projetando alta que pode variar de 5% a 10%. Mesmo esperando alta nas vendas a expectativa do presidente da Toyota no Brasil, Evandro Maggio, para a produção é de um incremento menor: “O mercado interno poderá crescer até dois dígitos porcentuais, mas grande parte do aumento virá dos veículos importados”. O presidente da Renault no Brasil, Ricardo Gondo, também citou o aumento das importações com tom de preocupação: “É importante ressaltar este movimento, uma vez que em 2024 a produção cresceu menos, sem acompanhar o ritmo das vendas, por causa do forte avanço dos modelos importados”. A General Motors também divulgou projeção otimista, com alta de 4% a 8% em 2025, ano em que a companhia completa 100 anos no Brasil: “Precisamos aproveitar os fundamentos que fizeram o País crescer em 2024 pois este será o caminho para o ano seguinte”, disse Santiago Chamorro, presidente GM América do Sul. Ele espera que o Brasil tome medidas para frear o avanço das importações, principalmente de modelos chineses, com a elevação do imposto de importação para 35% o quanto antes, para que não se repita o movimento de 2024. Gonzalo Ibarzábal, presidente da Nissan no Brasil, projetou alta de 6%, apostando em algumas tendências como a preferência dos consumidores por SUVs, o que já tem acontecido nos últimos anos: “Nós, da Nissan, pretendemos crescer mais do que o mercado, com as vendas aumentando dois dígitos, assim como a produção”. Hyundai e Stellantis foram as empresas fabricantes que divulgaram projeções mais cautelosas, a primeira espera alta de 2% e a segunda projetou estabilidade, sem crescimento do mercado no ano que vem. O cenário de taxa Selic mais alta, junto com o crescimento menor do País em 2025, deverão causar algum impacto sobre a demanda no setor automotivo e, por isto, as empresas estão mais cautelosas. the 9.25% level [as it was the case in early 2024], rather than the current level of 12.25%, the market could be higher in 2025, approaching the 3 million units level, as demand is there. Among manufacturers, Toyota and Renault are more upbeat, and they foresee a growth rate between 5% to 10%. Even though he expects an increase in sales, Evandro Maggio, president of Toyota in Brazil, says his expectations are for production to increase at a lower rate. “The internal market could go up by as much as 2 percentage points, but the major part of the growth will come from imported vehicles.” The president of Renault in Brazil, Ricardo Gondo, also mentions that the increase in imports is a source of concern: “It is important to point out to this development, given that in 2024 production grew at a lower rate than that of sales, given the substantial inroads made by imported models”. General Motors also put forth an optimistic projection, with an increase between 4% and 8% for 2025, the very year that GM celebrates its 100th. anniversary in Brazil. “We must take advantage of the basic factors that brought about the increase in 2024, for this will be the way for next year,” said Santiago Chamorro, president of GM South America. He hopes Brazil will take the necessary steps to put a hold on Chinese imports, by increasing the import duties to 35% as soon as possible, so that the developments witnessed in 2024 do not take hold again. Gonzalo Ibárzabal, president of Nissan do Brasil, projects an increase of 6%, as he believes in trends like consumer’s preference for SUVs, what is something we witnessed in the last couple of years: “We at Nissan intend to grow at higher rates than the market as whole, with sales and production increasing by 2 digits.” Hyundai and Stellantis were the manufacturers companies most cautious in their forecast; the former expects an increase of 2% and the latter foresees stability, with no growth in the market for next year. The scenario of a higher Selic rate, coupled with lower country growth, should have an impact on demand in the car business, and as a result, companies will be more cautious.

BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 21 POLIMEROS USINAGEM PARTS STEEL RODAS PWT O Grupo ABG oferece ao mercado automotivo uma gama completa de soluções e produtos, adequados à necessidade de cada cliente. Sempre com agilidade, excelência e sustentabilidade, nós fazemos acontecer. Day by day we make it happen DIA A DIA NÓS FAZEMOS ACONTECER

BAG FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES • CAR AND LIGHT COMMERCIAL MANUFACTURERS BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 22 ARROW MOBILITY www.arrowmobility.com.br FÁBRICAS PLANTS (1) Caxias do Sul, RS CAPACIDADE DE PRODUÇÃO ANUAL YEARLY PRODUCTION CAPACITY 800 unidades; units EXPORTAÇÕES EXPORTS Argentina FUNCIONÁRIOS EMPLOYEES 70 PRODUTOS PRODUCTS Van comercial elétrica; electrical commercial van DIRETORIA BOARD OF DIRECTORS Julio Cesar Balbinot Jr, Head de Operações e Marketing; Head of OperatIons and Marketing Jocelei Salvador, Head de Engenharia; Head of Engineering Marcelo Simon, Head de Novos Negócios; Head of New Business Roberto Poloni, Mentor e Diretor Institucional; Mentor and Institutional Director TELEFONE | PHONE 55 54 3698 8818 AUDI www.audi.com.br FÁBRICAS PLANTS (1) São José dos Pinhais, PR CAPACIDADE DE PRODUÇÃO ANUAL YEARLY PRODUCTION CAPACITY Não informado; not available EXPORTAÇÕES EXPORTS Não há; none FUNCIONÁRIOS EMPLOYEES Não informado; none PRODUTOS PRODUCTS Automóveis; cars PRESIDENTE & CEO PRESIDENT & CEO Daniel Rojas DIRETORIA EXECUTIVE BOARD Philippe Siffert, CFO e Diretor de Finanças; CFO and Finance Director Renato Celiberti, Head de Vendas; Head of Sales Rogério Varga, Head de Assuntos Institucionais, Governamentais e Jurídico; Head of Institutional and Legal Affairs Milena Araújo, Head de Pós-Vendas; Head of After Sales Karine Fernandes, Head de Recursos Humanos; Head of Human Resources Gerold Pillekamp, Head de Comunicação; Head of Communications TELEFONE PHONE 0800 777 2834 BMW GROUP BRASIL www.bmw.com.br www.mini.com.br FÁBRICAS PLANTS (1) Araquari, SC CAPACIDADE DE PRODUÇÃO ANUAL YEARLY PRODUCTION CAPACITY 32 000 unidades; units EXPORTAÇÕES EXPORTS Não há; none FUNCIONÁRIOS EMPLOYEES 1 000 PRODUTOS PRODUCTS Automóveis e SUVs; cars and SUVs CEO Maru Escobedo DIRETORIA EXECUTIVE BOARD Otávio Rodacoswiski, Diretor Geral da Fábrica do BMW Group em Araquari; General Director of the Araguari plant TELEFONE PHONE 55 11 5186 0400

BAG FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES • CAR AND LIGHT COMMERCIAL MANUFACTURERS BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 23 BYD DO BRASIL www.byd.com.br FÁBRICAS PLANTS (1) Camaçari, BA (2025) CAPACIDADE DE PRODUÇÃO ANUAL YEARLY PRODUCTION CAPACITY 150 000 unidades (2025); units EXPORTAÇÕES EXPORTS Não há; none FUNCIONÁRIOS EMPLOYEES mais de 1 000; 1.000+ PRODUTOS PRODUCTS Automóveis elétricos e híbridos, chassi e baterias para ônibus elétricos; electric and hybrid cars, chassis and batteries for electric buses CEO AMÉRICAS CEO AMERICAS Stella Li DIRETORIA EXECUTIVE BOARD Tyler Li, Presidente; President Alexandre Baldy, Vice-presidente; Vice President Peipei Cao, CFO Henrique Antunes, Diretor de Vendas; Sales Director Pablo Toledo, Diretor de Marketing e Comunicação; Marketing and Communications Director Marcello Von Schneider, Diretor de Veículos Comerciais e Solar; Commercial Vehicles and Solar Director Bruno Paiva, Diretor de Vendas de Ônibus; Bus Sales Director CAOA www.caoa.com.br FÁBRICAS PLANTS (1) Anápolis, GO CAPACIDADE DE PRODUÇÃO ANUAL YEARLY PRODUCTION CAPACITY 136 000 unidades; units EXPORTAÇÕES EXPORTS Não há; none FUNCIONÁRIOS EMPLOYEES 7 500 PRODUTOS PRODUCTS Automóveis, SUVs e comerciais leves; cars, SUVs and light commercial vehicles CEO Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho DIRETORIA EXECUTIVE BOARD Annuar Ali, Vice-Presidente; Vice President Roberto Pedrosa, Diretor Comercial; Commercial Director Milton Celestino, Diretor Comercial; Commercial Director Roberto Kovacs, Diretor Comercial; Commercial Director Leonardo Lukacs, Diretor de Engenharia; Engineering Director TELEFONE PHONE 0800 77 24379 GENERAL MOTORS www.chevrolet.com.br FÁBRICAS PLANTS (7) São Caetano do Sul (sede), fábrica dos modelos Tracker, Spin e Montana; Mogi das Cruzes, produção de componentes estampados; Indaiatuba, Campo de Provas da Cruz Alta; Sorocaba, centro distribuidor de peças; São José dos Campos, fábrica dos modelos S10 e Trailblazer, SP; Gravataí, RS, fábrica dos modelos Onix e Onix Plus; e Joinville, SC, fábrica de motores e transmissões; São Caetano do Sul (headquarters), factory for the Tracker, Spin and Montana models; Mogi das Cruzes, stamping plant; Indaiatuba, Cruz Alta test field; Sorocaba, parts distribution center; São José dos Campos, factory for the S10 and Trailblazer models, SP; Gravataí, RS, factory for the Onix and Onix Plus models; and Joinville, SC, engines and transmissions CAPACIDADE DE PRODUÇÃO ANUAL YEARLY PRODUCTION CAPACITY São Caetano do Sul, 330 000; São José dos Campos, 95 500; Gravataí, 350 000; e Joinville, 410 000 EXPORTAÇÕES EXPORTS México, Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Equador, Chile, Peru, Bolívia, Aruba, Bahamas, Bonaire, Ilhas Caymã, Costa Rica, Curaçao, República Dominicana, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Nicarágua, Panamá, St Maarten, Ilhas Turcas e Caicos e Uzbequistão; Mexico, Argentina, Paraguay, Uruguay, Colombia, Ecuador, Chile, Peru, Bolivia, Aruba, Bahamas, Bonaire, Cayman Islands, Costa Rica, Curaçao, Dominican Republic, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Nicaragua, Panama, St Maarten, Turks and Caicos Islands and Uzbekistan

BAG FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES • CAR AND LIGHT COMMERCIAL MANUFACTURERS BRAZIL AUTOMTIVE GUIDE JAN 2025 | AUTODATA 24 FUNCIONÁRIOS EMPLOYEES 17 500 na América do Sul; in South America PRODUTOS PRODUCTS Automóveis, SUVs & crossovers, picapes, esportivos e elétricos; automobiles, SUVs & crossovers, pick-ups, sports and electrical models PRESIDENTE PRESIDENT Santiago Chamorro DIRETORIA EXECUTIVE BOARD Santiago Chamorro, Presidente e Diretor Geral; President & Managing Director Christian Cetera, Diretor Geral de RH; HR General Director Christianne Rego, Diretora de Marketing GMSA; GMSA Marketing Director Elbi Kremer, Diretor Geral da GMSA para Engenharia de Produto, Programas de Produto, AQ e Planejamento; GMSA General Director for Product Engineering, Product Programs, AQ and Planning Fabio Rua, Vice-Presidente da GMSA, Relações Governamentais, Comunicação e ESG; GMSA Vice President, Government Relations, Communication & ESG Hermann Mahnke, Diretor da Equipe de Negócios Digitais da GMSA; GMSA Digital Business Team Director Jim Williams, Líder do Conselho Regional GMSA; Lead of Regional Counsel GMSA Kleusner Lopes, Diretor de Operações de Vendas e Consórcios da GMSA; GMSA Sales Operations and Consortium Director Luciana Madeira, CIO GM América do Sul; CIO GM South America Luis Mesa, Vice-Presidente de Manufatura e Relações Trabalhistas da América do Sul; VP South America Manufacturing and Labor Relations Marcio Lucon, Diretor Geral SA GPSC; General Director SA GPSC Marcos Paiva, Diretor Geral Qualidade GMSA e OpEx; GMSA Quality & OpEx General Director Paulo Noman, Presidente do GMF; GMF President Rafael L. Santos, Vice-Presidente de Vendas, MKT, AFS, Connect Serv & Cust Experience AS; VP Sales, MKT, AFS, Connect Serv & Cust Experience SA Roberto R Martin, Diretor Financeiro GM América do Sul; CFO GM South America TELEFONES PHONES 55 11 4234 5090 55 11 4239 6082 GWM BRASIL www.gwmmotors.com.br FÁBRICAS PLANTS (1) Iracemápolis, SP CAPACIDADE DE PRODUÇÃO ANUAL YEARLY PRODUCTION CAPACITY 100 mil (em 2025); units EXPORTAÇÕES EXPORTS Não há; none FUNCIONÁRIOS EMPLOYEES Não divulgado; not available PRODUTOS PRODUCTS SUVs e picapes eletrificados; SUVs and electrified pickup trucks CEO GWM INTERNATIONAL Parker Shi DIRETORIA EXECUTIVE BOARD Diego Fernandes, COO Ricardo Bastos, Diretor de Assuntos Institucionais e Governamentais; Institutional and Government Affairs Director Marcio Alfonso, Diretor de Engenharia & PDI; Engineering and PDI Director Way Chien, CFO Alexandre de Oliveira, Diretor de Vendas e Desenvolvimento de Rede; Sales and Network Development Director Ana Celia Celidonio, Head Jurídico; Legal Head Sofia Androulidakis, Head de Compliance; Head of Compliance Guilherme Teles, Head de Planejamento de Produto; Head of Product Planning Daniel Conte, Diretor de Pós-Vendas; After Sales Director Andre Leite, Diretor de Marketing e Produto; Marketing and Product Director Zeca Chaves, Head de Comunicação; Communication Head

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