São Paulo – Três das principais fabricantes de motores para veículos comerciais do País – Cummins, MWM e FPT – esperam que as vendas em 2019 sejam pelo menos 10% maiores no mercado interno. A construção da expectativa, compactuada pelas empresas, se apoia em dois pontos: demanda aquecida por caminhões e ônibus produzidos para exportação e amadurecimento de novos produtos.
O mais otimista foi José Eduardo Luzzi, presidente da MWM. Durante painel do segmento no Congresso AutoData Perspectivas 2019, realizado em seu primeiro dia, segunda-feira, 15, em São Paulo, Capital, o executivo afirmou que o cenário de crescimento econômico do País pauta o planejamento econômico da companhia para o ano que vem:
“As vendas de caminhões, que afetam diretamente o nosso negócio, são baseadas no PIB. Se chegar a 2,5%, seguindo a expectativa da indústria, atingiremos 20% de crescimento, mas porque cresceremos em outros segmentos também”.
Maurício Rossi, diretor comercial da Cummins, projetou aumento de 12% nas vendas da companhia em 2019. Mas chamou a atenção para o fato de que, embora seja um ano com expectativa de indicadores positivos, a evolução é relativa: “O mercado de comerciais mostrou crescimento nas vendas porque o ano passado representa uma base baixa, assim como será 2018 na comparação com 2019”.
No acumulado do ano até setembro as vendas de caminhões no País apresentaram crescimento de 49%, totalizando 53 mil unidades, segundo dados da Anfavea. Os ônibus foram 10,5 mil, 22% mais. No segmento de máquinas agrícolas, que também são equipadas por motores das fabricantes, as vendas somaram até setembro 34,5 mil unidades, alta de 8% ante igual período em 2017.
Para a FPT, fabricante de motores da CHN Industrial, o panorama é positivo nas vendas internas de motores para máquinas agrícolas em função da safra esperada para o ano que vem. Segundo Marco Rangel, presidente, também participante do painel, o mercado externo também refletirá na produção desses veículos nas linhas instaladas no País: “Ainda que a Argentina tenha puxado para baixo os números das exportações, há safras importantes em outros países onde atuamos”.
O executivo apresentou estimativa “cautelosa” de 6% a 10% para o mercado de motores, em geral, no ano que vem.
Foto: Rafael Cusato.
Notícias Relacionadas
Últimas notícias