AutoData - VWCO projeta alta para vendas e produção em 2019
Congresso AutoData 2019
15/10/2018

VWCO projeta alta para vendas e produção em 2019

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

São Paulo – Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, disse que para o ano que vem a expectativa da companhia é que a indústria mantenha quadro de alta de dois dígitos conquistada nas vendas neste 2018. A projeção foi apresentada durante o primeiro dia do Congresso AutoData Perspectivas 2019, realizado na segunda-feira, 15, em São Paulo, Capital. “A produção no ano que vem também deverá crescer, mas em dois dígitos baixo, enquanto as exportações andarão de lado.”

 

Aguardando o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, que acontecerá no próximo dia 28, Cortes afirmou que independente do eleito a expectativa é que as reformas econômicas sejam feitas e que o novo presidente apresente um bom plano de governo para o País. “Não esperamos incentivos do próximo governo à indústria, mas gostaríamos de uma simplificação do sistema de financiamento pelo Finame que, caso aconteça, ajudará a fomentar o mercado.” O executivo também sugeriu extensão do Finame para ônibus e caminhões usados.

 

Com relação às projeções para esse ano Cortes acredita que o mercado comercializará 86 mil caminhões e ônibus novos, expansão de 35% na comparação com o ano passado, mas ressaltou que a base de comparação ainda é muito baixa, pois o volume é próximo do que o setor vendeu nos anos 2000. Adicionando ao cálculo também as exportações o total chegará a 120 mil unidades.

 

O executivo espera que o crescimento do mercado em 2019 ajude a melhorar a questão do preço dos caminhões e ônibus, que segundo ele não está acompanhando a alta de custos do mercado – o que, naturalmente, atrapalha a rentabilidade. “Precisamos que no ano que vem o crescimento venha acompanhado de saúde financeira mínima, diminuindo a agressiva competição atual de preços.”

 

Para o futuro um pouco mais à frente o presidente da VWCO acredita que será necessário investir em novas tecnologias de mobilidade e, se possível, desenvolver localmente para reduzir os custos: “Não sei se levará dez, quinze ou mais anos, mas o futuro será elétrico, autônomo e 100% conectado”.

 

Fotos: Rafael Cusato.