AutoData - Greve na Mitsubishi chega ao quarto dia
Trabalho
19/10/2017

Greve na Mitsubishi chega ao quarto dia

Imagem ilustrativa da notícia: Greve na Mitsubishi chega ao quarto dia
Foto Jornalista  Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

A greve que paralisou a produção da fábrica da Mitsubishi em Catalão, GO, chega ao quarto dia na quinta-feira, 19. Ainda não houve acordo entre a empresa e os funcionários, que pedem participação maior nos lucros da companhia, reajuste salarial e vale-refeição, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão.

 

Segundo Thiago Cândido Ferreira, seu secretário geral, 90% dos funcionários aderiram à paralisação. O representante disse, ainda, que os metalúrgicos decidiram que a próxima assembleia ocorra na segunda-feira, 23. Na terça-feira, 17, houve protesto na porta da transportadora responsável pela entrega dos veículos da montadora às concessionárias, interrompendo a distribuição.

 

Em Catalão são produzidos os modelos da linha L200, Lancer, ASX, Pajero e o Suzuki Jimny. A fábrica foi projetada para capacidade instalada de 110 mil unidades por ano. Atualmente, por dia, são fabricados por volta de 140 veículos, informou o sindicato. De acordo com dados da Anfavea, de janeiro a setembro, foram emplacados 9 mil 157 veículos Mitsubishi, queda de 19,9% na comparação com o volume registrado no mesmo período do ano passado: 11 mil 442 veículos. Os emplacamentos dos veículos Suzuki chegaram a 3 mil 242 unidades nos nove meses do ano, 23,5% mais do que em 2016: 2 mil 624 veículos.

 

A fabricante vem de um processo de redução de pessoal desencadeado pela queda nas vendas apresentada pelo mercado interno nos últimos anos. Em abril, a empresa anunciou a demissão de 350 funcionários. Desde 2014, mil funcionários foram desligados da fábrica goiana. Hoje, são cerca de 1,8 mil funcionários na unidade. Há três anos, 3,5 mil.

 

Afora a Mitsubishi, a Chery é outra empresa que está com a produção paralisada por causa de greve. A fábrica, instalada em Jacareí, SP, parou de produzir há 22 dias.  Ambas as partes se reuniram na Superintendência Regional do Trabalho, SRT, durante a semana para discutir o principal pleito dos metalúrgicos, aumento salarial, mas não houve entendimento entre as partes.

 

Foto: Divulgação