AutoData - Protestos paralisam turno da GM
Montadora
10/08/2017

Protestos paralisam turno da GM

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Foto Jornalista  Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

A General Motors suspendeu na terça-feira, 8, seu primeiro turno de produção na fábrica de Gravataí, RS, por causa de protestos realizados por caminhoneiros, no Estado, contra o aumento dos combustíveis promovido pelo governo federal. De acordo com Valcir Ascari, presidente do sindicato dos metalúrgicos local, a paralisação comprometeu o fornecimento de componentes à fábrica. A companhia, por comunicado, justificou a suspensão citando preocupações com a segurança dos transportes.

“Devido ao clima de insegurança causado pelas manifestações e paralisações promovidas pelos caminhoneiros a GM se viu obrigada a cancelar sua produção no complexo de Gravataí”, afirmou a nota divulgada. O sindicato informou que, por ora, não há informações sobre novas paralisações ao longo desta semana.

Desde a semana passada caminhoneiros protestam nas rodovias federais gaúchas. Na segunda-feira, 7, foram registrados protestos em ao menos cinco rodovias. Na região Sul do Estado, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, ao menos dez veículos foram apedrejados durante os protestos em diferentes pontos das BR-116 e BR-392.

Em Gravataí é produzido o carro mais vendido do País, o Chevrolet Onix, e o sedã Prisma. De janeiro a julho foram emplacadas 98 mil 469 unidades Onix, de acordo com dados da Fenabrave, e o Prisma foi o sexto mais vendido, com 37,5 mil licenciamentos.

Na quinta-feira, 3, a GM anunciou investimento de R$ 1,4 bilhão para a expansão da fábrica em Gravataí, que produzirá uma nova família de veículos. Com a ampliação a unidade se tornará a mais importante da empresa na América Latina, que possui fábricas, em São Paulo, em São Caetano do Sul e São José dos Campos.

Afora a expansão a empresa passará a ter um número maior de fornecedores de componentes na região. Segundo o governo do Estado seis multinacionais que estariam envolvidas no desenvolvimento desses veículos têm em mãos projetos avançados para se instalar na cidade. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia durante o ano e meio em que a GM articulou novo investimento na região, em parceria com o governo, os novos fornecedores buscavam terrenos próximos ao seu complexo industrial. Há dúvidas sobre a instalação dentro do condomínio industrial ou nos seus arredores.

O condomínio industrial de Gravataí foi inaugurado em 2000 e começou com dezesseis fornecedores instalados ao redor das linhas da GM. Atualmente, ali, estão 21 empresas fornecedoras de componentes.

Crédito da foto: Divulgação